Key Clinical MessageWe report the first case of wound infection caused by Trueperella bernardiae after laparoscopic surgery. The patient was treated with oral amoxicillin/clavulanate which was continued for 1 week after discharge with a successful clinical response. There are few cases described but none related to wound infection after laparoscopic surgery.

To evaluate trends and the immediate and late impact of antimicrobial consumption on carbapenem-resistant Acinetobacter spp. (CRAs), carbapenem-resistant Pseudomonas aeruginosa (CRPA), and carbapenem-resistant Klebsiella spp. (CRKs) over a 10-year period. An ecological study was conducted at the teaching hospital in São Paulo, Brazil, from 2007 to 2016. Consumption and resistance data were collected from the supply sector and central laboratory of the institution, respectively. Associations between consumption and resistance were analyzed in the same year, 1 year later, and 2 years later by linear regression of mixed effects. A total of 22,041 isolates were analyzed. Among these, 9988 corresponded to the gram-negatives in this study [3682 (36.9%) were Klebsiella spp., 3169 (31.7%) were P. aeruginosa, and 3137 (31.4%) were Acinetobacter spp.]. An increasing trend of consumption was observed, except for fourth-generation cephalosporins. Carbapenems were the most used antimicrobial class; CRKs presented a substantial increase over this period (from 1.4 to 67.0%; p = 0.001). Increased consumption of third-generation cephalosporins reduced CRAs [- 2.43%, 95% confidence interval (CI), - 3.30 to - 1.57; p < 0.001] and increased CRPA [26.67%, 95% CI, 2.99 to 50.35; p = 0.034] in the same year. Increased consumption of β-lactam/β-lactamase inhibitors increased CRKs with a 1-year delay [5.13%, 95% CI, 2.40 to 7.86; p = 0.001]. Our study demonstrated high antimicrobial consumption and growing carbapenem-resistance rates among gram-negative bacteria, especially Klebsiella spp., and the immediate and later effects of consumption of multiple antimicrobials on carbapenem resistance.

A comercialização dos hormônios como anticoncepcionais foi contemporânea do fenômeno transexual e, atualmente, o uso de hormônios estrogênicos e antiandrogênicos são fundamentais para a população transgênero feminina como ferramenta para o processo transexualizador garantido por lei. Esse estudo teve como objetivo investigar os eventos adversos relacionados ao uso de hormônios pela população transgênero feminina para fins de hormonização. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, buscando artigos completos disponíveis nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, publicados em inglês e português, entre 2011 e 2021, utilizando os descritores mulher transgênero, mulher transexual, pessoas trans, transgênero, transexual feminino e hormônios. Os hormônios acetato de estradiol, valerato de estradiol e ciproterona e os antiandrogênicos, espironolactona e finasterida foram os fármacos mais citados. Os eventos adversos mais frequentes foram desenvolvimento de trombos e alterações de humor, seguidos de alterações nos parâmetros da hematopoiese, diminuição da fertilidade, alterações dos níveis de prolactina e de densidade óssea. Equipes multiprofissionais de saúde, incluindo farmacêuticos, devem estar preparadas para atender a população trans feminina, fornecendo orientação sobre o uso correto doshormônios e monitorando o tratamento, a fim de contribuir na prestação de uma melhor assistênciae evitar ou reduzir a ocorrência de eventos adversos.