Introdução: O primeiro caso reportado da infecção pelo novo coronavírus ocorreu na China, em dezembro de 2019. Dado o alastramento da doença, ocorreram modificações no estilo de vida, que associadas ao período de incertezas geraram impactos na saúde da população. Objetivo: Compreender as implicações da pandemia de COVID-19 na saúde mental e física dos estudantes do Curso de Medicina de uma universidade do Espírito Santo. Métodos: Estudo transversal de agosto de 2020 a janeiro de 2021, com abordagem quantitativa e qualitativa, com estudantes de Medicina de todos os períodos. Coleta de dados feita com questionário eletrônico, englobando dados sociodemográficos, econômicos, características individuais e familiares sobre o período prévio e concorrente à pandemia. Os programas Excel 2020 e OPENEPI foram utilizados para as análises. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, sob o número 4.224.502. Resultados: Foram avaliados 779 acadêmicos, a maioria do sexo feminino (61,6%), entre 20 e 24 anos (64,0%), nos dois primeiros anos do curso (46,5%), residentes em área urbana (98,1%), com uma a três pessoas em seu domicílio (65,0%) e sem vínculo empregatício (93,2%). Características da amostra durante a pandemia: necessidade de trancar matrícula (3,9%), preocupação constante com a família (73,9%), dificuldade de adaptação à educação a distância (76,0%), convívio familiar contínuo (84,5%), alterações do sono (54,9%), da prática de atividade física (60,3%) e do peso (71,0%), participação nos afazeres domésticos (77,9%), pressão psicológica (47,6%), alimentação (69,6%). As variáveis que sofreram modificações significativas entre os períodos prévio e concorrente à pandemia foram diminuição de renda (p=0,005), aumento do uso de medicamentos (p=0,0009) e do nível de estresse autopercebido (p≤0,0000001). Com relação ao desenvolvimento de dores no período da pandemia, apresentaram impacto: sexo feminino (p≤0,0000001), segundo ano do curso (p=0,001), preocupação constante com a família (p=0,000002), dificuldade de adaptação ao ensino a distância (p=0,002), alterações no sono (p=0,000003), atividade física (p=0,001), mudanças no peso (p=0,00007) e na alimentação (p=0,01). Para o desenvolvimento de distúrbios psíquicos durante a pandemia, as com maior significância foram sexo (p=0,004), preocupação constante com a família (p=0,005), sono (p=0,006) e alimentação (p=0,003). Conclusões: Modificações dos padrões de vida decorrentes da pandemia impactaram negativamente a saúde física e mental, tornando essencial que as instituições de ensino proporcionem ações de cuidado à saúde de estudantes.
Introdução: A acelerada ascensão da COVID-19 alterou a rotina e o estilo de vida dos professores de Medicina, que tiveram que conciliar o trabalho na linha de frente com a mudança para o ensino remoto. Objetivo: Avaliar as implicações da pandemia de COVID-19 na saúde mental e física dos professores do curso de Medicina de uma Universidade da Região Metropolitana do Espírito Santo, Brasil. Métodos: Estudo transversal, quanti-qualitativo, com professores de Medicina de uma Universidade da Região Metropolitana do Espírito Santo, Brasil, de agosto a dezembro de 2020. A coleta de dados foi realizada com questionário virtual, entrada de dados no Excel 2010 e análise no OpenEpi. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade. Resultados: Foi possível estabelecer influência da pandemia no nível de estresse (p<0.0000001) e no uso de medicamentos contínuos (p=0.000008337). Observou-se que o número de habitantes no domicílio foi decisivo para o desenvolvimento de distúrbios psíquicos (p=0.01131), enquanto a qualidade do sono foi determinante para o aparecimento de distúrbios psíquicos (p=0.001923) e dores (p=0.001491) na pandemia. Conclusão: A alteração do estilo de vida e as dúvidas proporcionadas pela pandemia de COVID-19 acarretaram mudanças na qualidade do sono, estresse e medicações de professores de medicina, além do surgimento de dores e distúrbios psíquicos. São necessárias medidas reduzindo sobrecarga e estresse dos professores na pandemia, bem como ações de promoção de saúde mental e física pela Instituição de Ensino Superior.
Introdução: O câncer, doença crônica não transmissível, é apontado como um dos principais problemas de saúde mundialmente. Essa afecção tem alcançado uma crescente importância nas discussões em escala global, visto que é notório o aumento das taxas de prevalência e de incidência de seus inúmeros tipos de malignidade, sendo confirmadas pelas curvas de morbimortalidades que tendem a crescer ascendentemente tanto no Brasil, quanto nos outros países. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes oncológicos admitidos em unidades hospitalares do Espírito Santo (ES) e de seus fatores protetores e de risco em relação ao cenário nacional no período de 2000 a 2019. Métodos: Estudo observacional longitudinal retrospectivo com abordagem quantitativa e qualitativa realizado a partir da amostra de dados de pacientes oncológicos admitidos em unidades hospitalares do estado do Espírito Santo no período de 2000 a 2019. A coleta ocorreu por meio do Portal do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e do Integrador de Registros Hospitalares do Câncer (RHC), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). A análise foi realizada por meio do programa Excel 2020. Oo estudo atendeu aos critérios éticos de pesquisa com seres humanos e foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa. Resultados: 100.247 pacientes, maioria mulheres, entre 60 e 69 anos, casados, pardos. A principal localização primária do tumor foi pele, seguida de aparelho digestivo, urológicos e de mamas. Entre a maioria das localizações primárias do tumor, ocorre predomínio do sexo masculino, a partir da quinta década de vida, brancos e pardos, sem informações sobre histórico familiar. Quando avaliado histórico patológico pregresso, a maioria dos pacientes relatou ausência de diagnóstico e de tratamento prévio. Com relação ao consumo de álcool e tabaco, é de grande predomínio a ausência de informação em relação ao histórico e o relato de ausência de ingesta. Conclusão: A caracterização da prevalência dos subtipos oncológicos mais comumente encontrados e o estabelecimento do perfil dos pacientes do setor oncológico admitido nas unidades hospitalares no estado do Espírito Santo e no Brasil é de suma importância para a promoção da monitorização e controle do status da saúde oncológica, e de seus fatores de risco e de proteção. Assim, a partir do perfil epidemiológico estabelecido e dos fatores correlacionados, torna-se imperativo o planejamento e a tomada de ações que proporcionem o rastreio e o diagnóstico precoce de tais enfermidades, a fim de proporcionar maior longevidade e garantir melhor qualidade de vida aos pacientes portadores.
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