A anestesia venosa se popularizou e, com ela, a adoção de práticas como a utilização de fármacos na mesma seringa ou bolsa de polivinilcloreto. Com o objetivo de avaliar se essa seria uma conduta segura, realizou-se busca por estudos sobre o método nas bases de dados Dynamed, Pubmed, biblioteca da SBA e bibliotecas eletrônicas de indústrias farmacêuticas e órgãos regulamentadores. Apesar dos poucos dados disponíveis, concluiu-se que muitas misturas são instáveis, geram produtos não uniformes e com possíveis alterações físico-químicas de cada droga. Tal decisão interfere na qualidade da anestesia e coloca em risco a segurança do paciente.
No contexto da intubação em sequência rápida, o anestesiologista conta com duas opções de drogas para bloqueio neuromuscular: a succinilcolina e o rocurônio. Cada uma delas possui suas características farmacocinéticas e farmacodinâmicas que lhe conferem propriedades específicas. A succinilcolina, bloqueador neuromuscular despolarizante, mostra-se benéfica, uma vez que possui início de ação e latência ultracurtos, associado a bom relaxamento neuromuscular e boas condições para intubação. No entanto, essa droga apresenta desvantagens importantes e potencialmente catastróficas, como a reação alérgica e a hipercalemia. Já o rocurônio, bloqueador neuromuscular adespolarizante, tem baixa incidência de reações alérgicas, não gera distúrbios iônicos e também proporciona bom relaxamento neuromuscular com condições adequadas para intubação em curto tempo. Entretanto, sua latência é prolongada e, quando necessário, exige reversão neuromuscular. O sugammadex, droga que reverte a ação do rocurônio, exerce tal função com eficácia, porém é de alto custo, exige doses variáveis que dependem da profundidade do bloqueio e, ainda, demanda tempo para diluição e administração, o que pode acarretar intercorrências indesejáveis. Nesse cenário, cabe ao anestesiologista avaliar de maneira individualizada a melhor droga a ser utilizada nos diferentes pacientes e situações.
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