Objetivo: Realizar uma revisão narrativa das repercussões no comportamento e na saúde mental da população vulnerável e de medidas adotadas, no enfrentamento da pandemia do COVID-19. Revisão bibliográfica: Devido imprevisibilidade da pandemia do COVID-19, consequências mentais, são cada vez mais relatadas. Suspeitos, infectados, profissionais de serviços essenciais, os que vivem sozinhos, instituições como casas de repouso, prisões, centros de detenção de imigrantes, idosos, portadores de doença mental, imunodeprimidos e sem-teto, estão mais propícios aos danos de saúde física e mental. A intensificação de sentimentos como medo, raiva, estresse, insegurança e frustração estão associados a um maior risco de desenvolvimento para transtornos psiquiátricos. Para minimizar esses sentimentos, é relevante que meios de comunicação emitam notícias verdadeiras sobre o enfrentamento da pandemia e programas de lazer e cultos religiosos online sejam identificados, por ressaltarem emoções positivas. Considerações finais: As repercussões da pandemia do COVID-19 são comparadas a desastres naturais e guerras, pelo receio em adoecer, ficar desempregado, desamparado, ser estigmatizado caso venha a se infectar e, o medo de morrer. A sensação de incerteza quanto ao futuro econômico e educacional traz também implicações na saúde mental. Estratégias sociais, educacionais, econômicas devem ser implantadas para minimizar os danos causados pela COVID-19.
O artigo propõe avaliar o panorama da COVID-19 mediante uma reflexão dos impactos físicos e mentais causados aos profissionais de saúde na sua prática laboral, considerando a complexidade vigente dessa virose que modificou o cotidiano da população. O COVID-19, gerou rápida crise na saúde, economia e na política mundial, sendo declarada em março de 2020, pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os sistemas de saúde entraram em colapso, causando uma tragédia na humanidade, necessitando de estratégias rápidas pelo setor governamental. Os profissionais que detêm o conhecimento científico, assumem uma posição diferenciada, por serem responsáveis pela determinação de ações de cuidados a saúde. A tensão crônica vivenciada por estes trabalhadores pode provocar exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal, responsáveis por emoções e cognições negativas, levando a comportamentos que reduzem o sistema imunológico. Estes especialistas, embora consciente dos riscos, por não possuir condições econômica e/ou emocional de poder usufruir de um lugar exclusivo nesse período de isolamento social, arrisca a saúde de outros e de seus entes queridos. Por estar na linha de frente nessa pandemia, é considerado um herói pela mídia e população, porém se sente estigmatizado pelos moradores próximos e da sua residência devido ao medo da contaminação. As condições geradas pelo COVID-19 são fatores estressores suficientes para suscitar traumas físicos e psicológicos nestes trabalhadores, sendo comparadas a desastres naturais e guerras. São necessárias medidas para melhoria no ambiente de trabalho, estimulando o desempenho laboral e a capacidade de lidar diariamente com a doença, a morte e o sofrimento da comunidade.
Objetivo: Analisar a tendência temporal e distribuição espacial da mortalidade por fibrose e cirrose hepática (CH) no estado de Sergipe de 2001 a 2020. Metodologia: Estudo ecológico de série temporal sobre mortalidade por fibrose e CH, provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade, estratificados segundo óbito por ano, faixa etária, sexo, ano do óbito e municípios. Foram calculadas as taxas padronizadas de mortalidade (TPM), utilizando-as para análise de tendência pelo modelo Joinpoint e na espacial pelo estimador de densidade de Kernel. Resultados: Ao longo dos 20 anos, o estado de Sergipe apresentou um total de 1.532 óbitos por fibrose e CH. A TPM, apresentou uma média de 7,12 óbitos para cada 100 mil habitantes com predomínio do sexo masculino de 40-59 anos. A tendência temporal do sexo masculino, com idade entre 20-39 anos (VPA=-12,4%) e 40-59 anos (VPA=-6,1%) apresentou redução da TPM, (p<0,01) entre 2001 a 2020. No sexo feminino a tendência geral na faixa etária de 40-59 anos foi de redução (p<0,01) e acima dos 80 anos, a partir de 2004-2020 (VPA=-5,8%), houve queda (p<0,001). Os municípios com maior densidade de óbitos por fibrose e cirrose hepática foram Pedrinhas, Cumbe, Cedro de São João, Santa Rosa de Lima e Ilha das Flores. Conclusão: No período estudado, o estado de Sergipe, mostrou uma tendência de redução na taxa de mortalidade por fibrose e cirrose hepática em ambos os sexos, sendo o número de óbitos maior em indivíduos do sexo masculino em idade produtiva.
Introdução: Destaca-se a hemorragia como uma das maiores causas de mortalidade materna evitável. Dentre os períodos gestacionais, o último trimestre apresenta-se como o período com as principais doenças que representam os quadros hemorrágicos, por importância e frequência: o Descolamento prematuro de placenta (DPP) e a placenta prévia (PP). Metodologia: Os dados foram obtidos a partir do DATASUS, analisando mulheres com idade entre 10-49 anos no período entre 2001-2020 incluindo os óbitos das categorias do CID-10 O43, O44, O45 e O71, de tipo de causa obstétrica direta. Resultados e Discussão: Foram identificados 1993 óbitos por hemorragia do terceiro trimestre no Brasil. Observou-se que a região Norte apresenta a maior média de taxa padronizada de mortalidade, com 4,08 óbitos para cada 100mil (DP=1,43), enquanto que a região Sul apresenta-se com a menor média, no valor de 2,51/100mil (DP=0,92). Destacou-se o DPP com a principal causa de mortalidade, com 57% (1136). Percebeu-se ainda que no Brasil, a faixa etária entre 30-39 anos foi predominante com 913 óbitos (45,8%). Ainda se analisou que o puerpério é o período com maiores índices de óbitos (31,8%). Por fim, a análise de tendência demonstrou que no geral houve uma diminuição da taxa de mortalidade, em concordância com o Nordeste e o Sul, e divergindo do restante das regiões. Conclusão: Entende-se, portanto, que o Brasil ainda necessita de maiores políticas públicas com a finalidade de diminuir a Razão de Mortalidade Materna por Hemorragia (RMMH).
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