Em seu trabalho A Judge-Free Semantics for Predicates of Personal Taste (2012), Pearson propõe uma abordagem semântica para os chamados predicados de gosto pessoal (PGP) e os problemas trazidos por eles. Um dos principais pilares de sua proposta é considerar que os PGPs pertençam ao grupo dos individual level predicates (ILP), ou seja, predicados que expressam características inerentes ao indivíduo com o qual se combinam, em oposição aos stage level predicates (SLP), que expressam características transitórias do indivíduo com o qual se combinam. Um exemplo de ILP seria “alto”, enquanto um de SLP seria “doente”. Para demonstrar que os predicados de gosto são de fato ILPs, a autora apresenta uma série de testes que, segundo ela, comprovam que esses predicados se comportam como os ILPs. Todos os testes apresentados são realizados em inglês e funcionam nessa língua. No entanto, ao tentarmos reproduzir os mesmos testes em português brasileiro (PB), vemos que eles não funcionam tão bem, ou seja, parece que os PGPs em PB não se comportam exatamente como os ILPs, como Pearson havia afirmado. Uma possível razão que explica o não-funcionamento dos testes em PB é a diferenciação entre “ser” e “estar” que esta língua apresenta e que o inglês não, algo que interfere bastante nos exemplos trazidos por Pearson para a realização dos testes. Nossa proposta, então, é analisar se os PGPs são realmente ILPs como diz a autora, desta vez para uma língua como o PB, o que significa reavaliar os testes propostos ou propor outros mais adequados.Em seu trabalho A Judge-Free Semantics for Predicates of Personal Taste (2012), Pearson propõe uma abordagem semântica para os chamados predicados de gosto pessoal (PGP) e os problemas trazidos por eles. Um dos principais pilares de sua proposta é considerar que os PGPs pertençam ao grupo dos individual level predicates (ILP), ou seja, predicados que expressam características inerentes ao indivíduo com o qual se combinam, em oposição aos stage level predicates (SLP), que expressam características transitórias do indivíduo com o qual se combinam. Um exemplo de ILP seria “alto”, enquanto um de SLP seria “doente”. Para demonstrar que os predicados de gosto são de fato ILPs, a autora apresenta uma série de testes que, segundo ela, comprovam que esses predicados se comportam como os ILPs. Todos os testes apresentados são realizados em inglês e funcionam nessa língua. No entanto, ao tentarmos reproduzir os mesmos testes em português brasileiro (PB), vemos que eles não funcionam tão bem, ou seja, parece que os PGPs em PB não se comportam exatamente como os ILPs, como Pearson havia afirmado. Uma possível razão que explica o não-funcionamento dos testes em PB é a diferenciação entre “ser” e “estar” que esta língua apresenta e que o inglês não, algo que interfere bastante nos exemplos trazidos por Pearson para a realização dos testes. Nossa proposta, então, é analisar se os PGPs são realmente ILPs como diz a autora, desta vez para uma língua como o PB, o que significa reavaliar os testes propostos ou propor outros mais adequados.
Neste artigo, investigamos itens expressivos (IEs) do português brasileiro que aparecem nas estruturas [D IE de DP] (“a merda das chaves”) e em sua versão invertida, i.e. com o expressivo posposto ao DP caracterizado, [DP de IE] (“as chaves de merda”). Fazemos um breve inventário de IEs que apresentam esse comportamento, e então exploramos suas interpretações. Como conclusão, argumentamos, seguindo Basso (2020), que a [D IE de DP] é exclusivamente uso-condicional, com interpretações local e não-local, e que a estrutura [DP de IE] veicula conteúdos mistos (simultaneamente veri- e uso-condicional), com interpretação exclusivamente local.
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