RESUMO É crescente o interesse pelo debate sobre cadeias globais de valor (CGV), sobretudo com respeito às possibilidades dos países que adentram a órbita dessas estruturas. Inspirado nessa discussão, o artigo focaliza a inserção de firmas industriais argentinas em CGV utilizando microdados da Encuesta Nacional de Dinámica de Empleo e Innovación (ENDEI). O texto inicialmente discute as relações envolvendo as CGV, os estágios produtivos dos países implicados e o problema da inovação, e posteriormente olha para a indústria argentina conforme permitido pela referida base de dados. Os resultados confirmam, para Argentina, as postulações trazidas pela literatura sobre o perfil de envolvimento de economias de renda média em CGV. Notou-se entre as firmas argentinas algum dinamismo exportador em setores de alta e média/alta tecnologia, mas prevalecendo uma inserção baseada em montagem e processamento, com endogeneização tecnológica limitada.
RESUMO: O objetivo deste trabalho é investigar o processo de escolha da firma entre fontes externas de informação, especificamente, entre universidades e consultores privados, utilizando para isto os microdados da ENDEI (Argentina). Os resultados encontrados nos permitem afirmar que as universidades e instituições públicas de C&T têm funções distintas dos consultores privados. Por um lado, a existência de motivos complexos, aqui chamados de "hard", aumenta a probabilidade da ocorrência de vínculos entre a indústria e as universidades. Por outro lado, os motivos considerados menos complexos relacionados às inovações incrementais, "soft", aumentam a probabilidade da ocorrência de vínculo com consultores. Estes resultados estão em linha com grande parte da literatura revistada e parece estar em sintonia com o contexto histórico-institucional do SNI da Argentina. Palavras-chave: inovação aberta, universidades, consultores, microdados, indústria Argentina.
Resumo: O debate sobre cadeias globais de valor (CGV) ganhou terreno nas últimas décadas, sobretudo com respeito às possibilidades dos países cujas empresas adentram a órbita daquelas estruturas. Temas como divisão internacional do trabalho, ascensão industrial e dinamismo inovador pontilham a discussão, que no fundo evoca a problemática mais geral do desenvolvimento. Inspirado em tal debate, o artigo focaliza de modo exploratório a inserção de firmas industriais argentinas em CGV, utilizando microdados da Encuesta Nacional de Dinámica de Empleo e Innovación (ENDEI), realizada em nível ministerial no país vizinho. O texto inicialmente discute as relações envolvendo CGV, estágios produtivos dos países implicados e o problema da inovação, e posteriormente lança um olhar sobre a indústria argentina conforme permitido pela referida base de dados, colocando ênfase em questões destacadas na literatura. Palavras-chave: cadeias globais de valor; empresas argentinas; indústria
O presente artigo tem por objetivo a identificação das interações de políticas econômicas e a mensuração dos multiplicadores fiscais, em um arcabouço de mudanças de regimes markovianas, relacionando-as com a evolução da recente crise econômica brasileira, a partir de dados trimestrais no período 2000:T1 a 2019:T4. Entre os principais resultados encontrados, destacam-se: i) a alternância de regimes, conforme observado em Leeper (2011), para ser a prática: para o Brasil, apontamos oito alternâncias sucessivas de regimes, com prevalência de dominância monetária; ii) choques sobre o consumo do governo tem efeitos multiplicadores distintos sobre o produto e o consumo a depender do regime de políticas monetária e fiscal; iii) para os regimes em que a políticas monetária é passiva, os efeitos multiplicadores sobre o produto variam entre 1,3% a 1,5% e sobre o consumo entre 0,50% e 0,30%, mas com efeitos sobre a inflação variando entre 2,4% a 3,2%; iv) para o regime em que a política monetária é ativa, os efeitos sobre o produto são de 0,65%, com efeitos negativos sobre o consumo em -0,35% e impactos sobre a inflação em 0,8%; e v) a dinâmica das interações entre as políticas monetária e fiscal estiveram profundamente envolvidas com os desequilíbrios macroeconômicos no Brasil, contudo, não nos parece factível que este tenha sido o fator determinante da dinâmica econômica da economia brasileira nos últimos anos.
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