Introdução: Os períodos gestacional e puerperal são ideais para o aconselhamento do planejamento familiar. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) aconselha o uso dos dispositivos intrauterinos no puerpério, após o parto transpélvico ou cesárea. A inserção após o parto se divide em imediata (até 10 minutos após a dequitação placentária), precoce (entre 10 minutos e 48 horas de pós-parto) ou tardia (após 4 semanas de pós-parto). Sua principal complicação é a expulsão, e está relacionada ao momento da inserção. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das participantes e comparar as taxas de expulsão entre dois dispositivos intrauterinos, o DIU-TCu380A e o Sistema Intrauterino Liberador de Levonorgestrel (SIU-LNG), inseridos durante o pós-parto e transcesárea, sob diferentes técnicas e períodos. Métodos: Os dispositivos foram oferecidos a 206 puérperas da Maternidade Victor Ferreira do Amaral de Curitiba - PR, 117 optaram pelo SIU-LNG e 89 pelo DIU-TCu308A. Foram incluídas 155 participantes, 15 (9,67%) inserções ocorreram durante a cesárea e 140 (90,32%) após o parto transpélvico. Após 45 dias da inserção, foi realizada uma avaliação ginecológica e ultrassonográfica do dispositivo. Em relação à inserção após o parto transpélvico, o estudo foi dividido em 4 fases de acordo com a técnica de inserção utilizada. A primeira fase (n: 34; 21,93%) utilizou o aplicador do produto. A segunda (n: 12; 7,74%), utilizou o aplicador com o pinçamento do colo uterino. A terceira (n: 14; 9,03%) utilizou a Pinça Cheron 25cm. E a quarta fase (n: 80; 51,61%), a Pinça Collin Coração Curva 24cm. Resultados: A idade média das participantes foi de 27,1 anos (±5,9) e a paridade 2,1 filhos (±1,1). As taxas de expulsão foram de 44% (n: 15), 42% (n: 5) e 36% (n: 5) nas três primeiras fases, e 13,75% (n: 11) na última fase (p=0,00028). O SIU-LNG apresentou 14,6% de expulsões (n: 7) e o DIU-TCu380A 12,5% (n: 5)(p=0,7751). No pós-parto, a taxa de insucesso de ambos os dispositivos foi de 13,8% (n: 11) e na cesárea de 6,6% (n: 1)(p=0,403). Conclusão: A população estudada apresentou faixa etária entre 21 e 30 anos e possuía até 2 filhos. A maioria (56,2%) estava em união estável e 92% declarou-se satisfeita ou muito satisfeita com o uso do DIU. A técnica de inserção utilizada na fase 4 obteve melhores resultados. As variáveis relacionadas ao tipo de inserção, o tempo de inserção e o dispositivo usado não interferiram na taxa de expulsão. Descritores: Medidas em epidemiologia, Anticoncepção, Período pós-parto, Dispositivos intrauterinos, Expulsão de dispositivo intrauterinoABSTRACTIntroduction: The gestational and puerperal period are ideal for family planning. The Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics Associations advises the intrauterine devices in puerperium after transpelvic delivery or during cesarean. Postpartum insertion is divided into immediate (up to 10 minutes after placental clearance), early (between 10 minutes and 48 hours postpartum) or late (after 4 weeks postpartum). Expulsion is the main complication, and is related to the time of insertion. Objective: Analyze the epidemiological profile and compare the expulsion rates between two intrauterine devices, the IUD-TCu380A and the Levonorgestrel Releasing Intrauterine System (SIU-LNG), inserted during postpartum and transceiver, under different techniques and periods. Methods: The devices were offered to 206 postpartum women of Victor Ferreira do Amaral Maternity of Curitiba - PR, 117 opted for SIU-LNG and 89 for IUD-TCu308A. Were included 155, 15 (9.67%) insertions occurred in cesarean and 140 (90.32%) after transpelvic delivery. After 45 days insertion, was performed a gynecological and ultrasonographic evaluation. The insertion after transpelvic delivery was divided into 4 phases according to the insertion technique. The first phase (n: 34; 21.93%) used the product applicator. The second (n: 12; 7.74%) used the applicator with cervical clamping. The third (n: 14; 9.03%) used Cheron Tweezers 25cm. And the fourth phase (n: 80; 51.61%), Collin Heart Curved Tweezers 24cm. Results: The participants' mean age was 27.1 (±5.9) and parity 2.1 (±1.1). The expulsion rates were 44% (n: 15), 42% (n: 5) and 36% (n: 5) in the first three phases, and 13.75% (n: 11) in the last phase (p=0.00028). SIU-LNG presented 14.6% of expulsions (n: 7) and IUD-TCu380A 12.5% (n: 5) (p=0.7751). Postpartum failure rate was 13.8% (n: 11) and cesarean 6.6% (n: 1) (p=0.403). Conclusion: Approximately 2/3 of women were up to 30 years old and up to 2 children. The insertion technique used in phase 4 obtained better results. Variables related to insertion type, insertion time and the device used did not affect the expulsion rate.Keywords: Epidemiologic studies, Contraception, Postpartum period, Intrauterine devices. Intrauterine device expulsion
Um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pela ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS em 2015 é reduzir a mortalidade materna, até 2030, para 30 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Infecções do trato urinário (ITU) na gestação estão entre as principais causas de complicações e frequentemente cursam para o agravamento do quadro clínico materno-infantil. Conhecer o contexto social e as características clínico-laboratoriais das gestantes com ITU é importante para a elaboração de protocolos de cuidado diferenciados e para o sucesso terapêutico. Método: A presente pesquisa delineou o perfil sociodemográfico, epidemiológico e clínico-laboratorial de gestantes internadas em uma maternidade pública de baixo risco, para tratamento de ITU, através da análise documental de 95 prontuários, no período de janeiro a dezembro de 2019. Resultados: As pacientes adolescentes (entre 15 e 19 anos) foram 24,21% do total, enquanto 71,58% tinham entre 20 e 34 anos. Pacientes que não concluíram o primeiro grau foram 17%, aquelas que ultrapassaram o segundo grau foram 39%. Apenas 2,11% tinham curso superior completo. Gestantes primigestas foram 28,42% dos casos. A maioria das gestantes (91,58%) estava no segundo (45,26%) e no terceiro (46,32%) trimestres. O tempo médio de internação foi entre três e oito dias. Mais da metade das mulheres (51,57%) precisou de mais de uma internação hospitalar, sendo que dessas, 37,89% estavam na segunda e 13,68% na terceira internação, pelo mesmo motivo. O desfecho clínico majoritário foi parto vaginal (48,4%), seguido de parto cesáreo (13,7%). Destaca-se o histórico de infecção do trato urinário recorrente em 43% das mulheres. Conclusão: Os resultados obtidos serão úteis para fundamentar outras pesquisas e para a elaboração de protocolos institucionais com o intuito de monitorar as gestantes com infecção urinária, desde a consulta inicial na Unidade Básica de Saúde até o desfecho final na maternidade, mapeando os principais fatores de risco.
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