O tratamento de quimioterapia tem o potencial de provocar um conjunto de sintomas adversos, com repercussões significativas no bem-estar e qualidade de vida da pessoa, fazendo emergir necessidades específicas em cuidados de saúde. Objetivo: Consensualizar, com um grupo de peritos, orientações terapêuticas de suporte à autogestão dos sintomas: anorexia, dor, diarreia e obstipação, associados ao tratamento de quimioterapia. Método: Estudo quantitativo, descritivo, desenvolvido a partir da técnica de Delphi, em três rondas, integrando um painel de 22 enfermeiros, peritos na área da doença oncológica/intervenção na pessoa em tratamento de quimioterapia. Apresentação dos resultados e discussão: Os consensos obtidos permitiram a validação de 98,8% das orientações terapêuticas propostas, com predomínio do nível de consenso elevado, sendo que, apenas duas orientações terapêuticas não obtiveram consenso e nenhuma reuniu critérios de exclusão. As orientações terapêuticas consensualizadas para os sintomas anorexia, dor, diarreia e obstipação, associados ao tratamento de quimioterapia encontram-se essencialmente dirigidas para a gestão dos regimes dietético, medicamentoso e atividade física. Conclusão: As orientações terapêuticas consensualizadas pelo grupo de peritos poderão contribuir para a aquisição de capacidades que permitam à pessoa assegurar o seu autocuidado da forma mais autónoma possível, capacitando-a no processo de autogestão dos sintomas anorexia, dor, diarreia e obstipação, associados ao tratamento de quimioterapia.
A pessoa com doença oncológica é muitas vezes confrontada com tratamentos de quimioterapia que despoletam sintomas específicos, que a pessoa tem de gerir para a manutenção da sua qualidade de vida. Assim, torna-se primordial a promoção de conhecimentos e habilidades que capacitem a pessoa para a autogestão dos sintomas e das complicações associadas ao tratamento, e apoiem o processo de tomada de decisão em saúde. Objetivo: Explorar o estado atual do conhecimento científico sobre as orientações terapêuticas que promovam a autogestão dos sintomas alopécia, alterações da pele, sexualidade e distúrbios urinários na pessoa submetida a quimioterapia. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura de artigos das bases de dados MEDLINE® e CINAHL®, construindo o protocolo de revisão e alargou-se ainda a pesquisa à literatura cinzenta. Resultados: Após a pesquisa, foram selecionados nove artigos para alopécia, dos 140 encontrados, 14 artigos para as alterações da pele, dos 91 encontrados, treze artigos para a sexualidade, dos 52 encontrados, e para os distúrbios urinários quatro artigos, dos 53 encontrados. Do mesmo modo, da pesquisa em outras fontes de informação, foram selecionados cinco documentos para alopécia, oito para as alterações da pele, cinco para as alterações da sexualidade e sete documentos para os distúrbios urinários. Conclusão: As orientações terapêuticas desenvolvidas para os quatro sintomas em estudo, demonstram ser uma ferramenta útil no desenvolvimento das competências de autogestão da sintomatologia experienciada aquando do tratamento de quimioterapia, contribuindo para o empoderamento da pessoa, apoiando o processo de decisão, e melhorando ainda a sua perceção de qualidade de vida e bem-estar.
O tratamento de quimioterapia provoca um conjunto de sintomas adversos, com repercussões significativas no bem-estar e qualidade de vida da pessoa, fazendo emergir necessidades específicas em cuidados de saúde. Objetivo: Identificar a produção científica sobre as orientações terapêuticas de suporte à autogestão dos sintomas anorexia, dor, diarreia e obstipação, associados ao tratamento de quimioterapia. Método: Realizou-se uma revisão integrativa de artigos das bases de dados MEDLINE® e CINAHL®, alargando a pesquisa a fontes de informação secundária. Apresentação dos resultados e discussão: Com base nos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos na revisão 50 estudos/documentos, publicados entre 2008 e 2018. As orientações terapêuticas identificadas centram-se no aconselhamento nutricional, a introdução de modificações dietéticas, a prática de exercício, as terapias alternativas, como a acupuntura, e as terapias cognitivo-comportamentais. Conclusão: As orientações terapêuticas identificadas nesta revisão podem contribuir para a aquisição de conhecimentos e habilidades que permitam à pessoa assegurar o seu autocuidado, empoderando-a no processo de autogestão dos sintomas anorexia, dor, diarreia e obstipação, associados ao tratamento de quimioterapia.
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