Arq Bras Endocrinol Metab vol 49 nº 2 Abril 2005 314 RESUMOO hiperparatireoidismo primário (HPP) é uma doença incomum na infân-cia e na adolescência. A associação de HPP e epifisiólise de cabeça do fêmur é rara, tendo sido descritos apenas quatro casos na literatura. Relatamos um caso de HPP por adenoma de paratireóide, com dores e inúmeras deformidades ósseas, associado a epifisiólise de cabeça do fêmur em um jovem de 18 anos. A análise laboratorial mostrou cálcio de 13,7mg/dL, paratormônio de 1.524pg/mL e fosfatase alcalina de 3.449U/L. As deformidades foram decorrentes de diagnóstico tardio e possivelmente pelo fato de a doença ter ocorrido na fase de estirão puberal. A combinação de vários fatores metabólicos e mecânicos provavelmente contribuiu para esta associação. O paciente foi submetido à remoção cirúrgica do adenoma, que costuma ser acompanhada por resolução pronta da epifisiólise. Desta forma, foi optado por conduta expectante quanto à epifisiólise da cabeça do fêmur, em consonância com a literatura. Houve melhora das dores ósseas e normalização dos níveis de cálcio e de paratormônio. ABSTRACT Primary Hyperparathyroidism Associated to Slipped Capital Femoral Epiphysis in a Teenager.Primary hyperparathyroidism (PHP) is an uncommon disease in children and adolescents. The association between PHP and slipped capital femoral epiphysis is rare, and so far only four cases have been reported in the literature. Herein, we report a case of PHP due to a parathyroid adenoma, with several painful skeletal deformities and associated with slipped capital femoral epiphysis in an 18-year-old male patient. Laboratory evaluation showed: calcium of 13.6mg/dL, parathyroid hormone of 1,524pg/mL and alkaline phosphatase of 3,449U/L. Deformities were caused by late diagnosis during the growth spurt, and this association is the result of combinations between metabolic and mechanical factors. The patient underwent parathyroidectomy and, in agreement with the literature, since the removal of the adenoma is followed by prompt resolution of the slipped capital femoral epiphysis we decided for a conservative approach. We observed improvement of the pain and normalization of calcium and parathyroid hormone levels.
Arq Bras Endocrinol Metabvol 47 nº 1 Fevereiro 2003 102 RESUMOTireotoxicose ocorre na presença de níveis séricos elevados de triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) totais ou livres (L) e baixos de tirotropina (TSH). Em áreas endêmicas, pode-se encontrar um aumento da concentração de T3 com T4 total e T4L normal ou baixo. Tal condição é conhecida como "tireotoxicose por T3" (TpT3). Uma variante, conhecida como "tireotoxicose por T3 livre" (TpT3L) tem sido descrita, apresentando-se com valores séricos subnormais de TSH e T3 total, T4L normais, mas altos níveis de T3L. A tireotoxicose aumenta a reabsorção óssea e, portanto, a incidência de fraturas; altera o sistema cardiovascular por modificações hemodinâmicas e dos receptores no músculo cardíaco, mostrando a importância do seu diagnóstico e tratamento precoces, a fim de reduzir a morbidade dos riscos de osteoporose e arritmias. O diagnóstico precoce e o tratamento do hipertireoidismo podem previnir estas complicações. Descrevemos três pacientes com critérios para o diagnóstico de TpT3 -um deles com TpT3L. Todos moravam em área não-endêmica e eram portadores de bócio difuso. Como o rastreamento para doenças tireoidianas consta apenas das dosagens de TSH e T4L, sugerimos que, em caso de TSH suprimido, seja avaliado o nível de T3 total. Caso este seja normal, dosar o T3L a fim de se diagnosticar a TpT3L. Acreditamos que o estudo desses casos possa esclarecer melhor tais considerações. Thyrotoxicosis is confirmed by high serum total or free triiodothyronine (T3/FT3) and thyroxine (T4/FT4) and low serum thyrotropin (TSH) concentrations. In endemic areas, a predominant increase of T3 with normal or low T4 and FT4 can be found, referred to as "T3-thyrotoxicosis". One variant, known as "free T3-toxicosis" has recently been described presenting subnormal serum TSH, normal FT4 and total T3 concentrations, but high serum FT3. Thyrotoxicosis increases bone turnover, especially resorption, with bone loss and increases fracture rates; involves the cardiovascular system both in systemic hemodynamics and T3-mediated effects on cardiac myocite-specific gene expression. Detecting T3-thyrotoxicosis is important because of the high morbidity, increased risk of osteoporosis and arrythmias. Thus, the early diagnosis and treatment of the hyperthyroidism can prevent complications. We studied three patients with criteria for T3-toxicosis -one of them with FT3 toxicosis. They live in areas with adequate iodine intake and all three present with diffuse goiter. Because the screening for thyroid diseases only measures FT4 and TSH, we suggest that patients with subnormal TSH levels and normal FT4 should be worked up with measurement of total T3. If normal, a FT3 can be obtained to identify FT3 toxicosis. The study of such cases must continue to provide valuable insights into the thyrotoxicosis. (Arq Bras Endocrinol Metab 2003;47/1:102-106)
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