Atualmente o Brasil possui mais de 700 mil pessoas em cárcere privado. Nesse viés, é notório que a epidemia da AIDS, nas prisões brasileiras, é um grande problema de saúde pública. Nessa perspectiva, destacam-se, entre os agravantes e proliferadores da doença, a superlotação das prisões, as práticas sexuais desprotegidas e a insalubridade das celas. Nesse estudo foram utilizadas as bases de pesquisas Bireme, Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, e os descritores usados foram: “assistência à saúde”, “HIV (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)” e “prisioneiros e prisões”. O objetivo é responder à pergunta: “Como acontece à relação médico-paciente na assistência prestada às pessoas portadoras de HIV no sistema prisional?”. Analisou-se, também, a implementação na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), a qual presume uma assistência integral, contínua e resolutiva com controle e redução dos agravos as demandas de saúde no sistema prisional. Quanto à relação médico-paciente, constatam-se dificuldades no atendimento devido à permanência do estigma referente à HIV/AIDS e a prevalência retrógrada da utilização do modelo biomedicinal, conhecido por focar apenas na doença, por parte dos profissionais da saúde, tais adversidades diminuem tanto a adesão quanto à efetividade do tratamento. Portanto, é de suma importância uma relação médico-paciente mais humanística e acolhedora por parte do profissional de saúde, tendo assim maiores chances de sucesso na terapia e na relação interpessoal com os enfermos.
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