Introdução: Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma estratégia político-pedagógica para reorientação das práticas a partir da reflexão crítica sobre o cotidiano do trabalho. Nessa lógica, incluir o perfil epidemiológico nesse processo de reflexão é primordial para o desenvolvimento de um fazer coerente com as necessidades do território. Nesse contexto, a pandemia da COVID-19 trouxe inúmeros desafios aos profissionais, especialmente na Atenção Primária. Além de reorientar práticas e ajustar fluxos, precisou-se incluir ações que correspondessem às novas demandas de saúde. Objetivo: Descrever a experiência da EPS no processo de ajustes no trabalho e fluxos para o atendimento às demandas por síndromes gripais em uma Unidade de Saúde da Família em 2021. Material e métodos: Método descritivo do tipo relato de experiência, sobre a vivência da eSF São José dos Índios, responsável por um território da área urbana de São José de Ribamar, município da região metropolitana de São Luís, Maranhão, no ano de 2021. Resultados: A EPS foi implantada na USF em fevereiro de 2021. No primeiro encontro, realizou-se o diagnóstico dos problemas do cotidiano de trabalho, que foram revisitados a cada encontro, semanalmente, em horário protegido. Problemas relacionados com a COVID-19 eram mais intensamente levantados quando a situação epidemiológica piorava. Em 2021, o Maranhão iniciou 2021 com 200.938 casos e 4.500 óbitos, sendo abril a junho os meses mais intensos, chegando a 49 óbitos/dia. Nesse cenário, foram elaborados novos fluxos e processos: remanejamento de pessoal e frentes de trabalho para o atendimento da demanda por síndromes gripais; redução da oferta de consultas programadas e aumento de vagas para o atendimento da demanda espontânea; oferta de testes rápidos COVID-19 e monitoramento dos casos pelo ACS; aumento do intervalo da consulta pré-natal com o profissional médico e aumento dos atendimentos de enfermagem, sem prejuízo no calendário de consultas. Conclusão: A reorientação dos fluxos e processos de trabalho é necessário a medida que novas demandas se apresentam no cotidiano do trabalho. Nesse cenário, a EPS é uma estratégia potente para auxiliar os profissionais na tomada de decisões coletivas sobre as transformações necessárias para garantir a efetividade das ações e qualidade da atenção à saúde.
Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) foi instituída como política pública em 2004, no sentido de estimular a construção de conhecimentos a partir do pensamento crítico sobre problemas vivenciados pelos profissionais no cotidiano de trabalho. Objetivo: Descrever a implantação da EPS em uma Unidade de Saúde da Família. Material e métodos: Método descritivo do tipo relato de experiência, sobre a vivência da equipe da USF São José dos Índios, responsável por um território da área urbana de São José de Ribamar, município que compõe a região metropolitana de São Luís, Maranhão, em 2021. Resultados: O primeiro encontro de EPS foi em fevereiro de 2021. Para o primeiro momento foi utilizada a metodologia da problematização com objetivo de fomentar a compreensão sobre a EPS e sua aplicabilidade na Atenção Primária à Saúde. Participaram: 01 médica, 01 ACS, 01 técnica em enfermagem, 01 dentista, 01 auxiliar em saúde bucal e 01 enfermeira que conduziu o processo. Iniciou-se com a questão: o que você entente por EPS? e todos apresentaram seus entendimentos, defendendo que já realizavam EPS. Identificou-se confusão no conceito da EPS. Em seguida, utilizou-se um percurso pedagógico: em três grupos, cada grupo escreveu sobre Educação Continuada, Educação Permanente ou Educação em Saúde; ao percorrer nos demais temas, contribuíram. Após giro nos temas, retornaram à posição de origem e apresentaram seu conceito complementado pelos colegas. Persistiu confusão nos conceitos. Em seguida, realizou-se leitura e discussão de texto e sistematização pela enfermeira. Ao final, o grupo revisitou os painéis, alinhou conceitos, assumiu que a EPS não era implementada conforme foi aprendido. Foi realizado o diagnóstico dos problemas do cotidiano: Todos escreveram problemas em tarjetas e apresentou ao grupo. Analisou-se coletivamente cada problema, suas causas e consequências, agrupando-os em núcleos de sentido, elencando governabilidade e urgência para a solução. Ao final, elegeu-se frentes de trabalho para o enfrentamento e temas para os próximos encontros de EPS que passaram a ocorrer semanalmente, em horário previamente definido e protegido. Conclusão: Compreender a proposta da EPS e reconhecer o seu papel para a transformação da realidade é fundamental para que essa estratégia seja incorporada no cotidiano das equipes.
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