O trabalho reflete sobre as causas históricas da crise escolar, destacando dentre elas a degeneração simbólica relativa aos conteúdos instrucionais. Procura-se demonstrar que tal aspecto semiótico apresenta relação com o desinteresse discente pelo aprendizado, comprometendo os resultados e mesmo a função social da escola. Em termos metodológicos, o escrito caracteriza-se como redescrição (Rorty, 1995). Para a análise histórica, perfilaram-se autores como Patto (1999) e Romanelli (2010), dentre outros; para as reflexões sobre linguagem, recorreu-se à filosofia de Dewey (1958) e Peirce (1977). Na conclusão, apontam-se as relações da degeneração simbólica com as causas históricas do insucesso da instituição educativa, propondo-se ao docente uma reflexão sobre os códigos pedagógicos praticados, com vistas ao resgate das linguagens, buscando-se novos significados para as rotinas escolares.
O presente texto reflete sobre a utilização de apostilas nas rotinas pedagógicas da Educação Infantil. Dados quantitativos são apresentados, revelando que a aquisição destes materiais por parte das prefeituras tem se expandido como política pública em nível nacional. Com aportes teóricos em Bakhtin (2011), Vygotsky (1991), Peirce (2005) e Dewey (1979), pretende-se analisar de que modo aparecem conceitos sobre aquisição da língua, experiência e signo, dentre outros de natureza comunicativa, no projeto discursivo dos materiais, especialmente em uma unidade didática coletada de um conhecido sistema de ensino, voltada para a faixa etária de cinco anos. Deste modo, o trabalho se caracteriza metodologicamente como análise semiótico-documental, concluindo que, se por um lado, os exercícios analisados encantam pelas imagens, diagramação e outras qualidades, por outro, reproduzem procedimentos tradicionais do ensino de língua, acentuando a dependência das crianças em relação ao educador, não valorizando a oralidade, a escrita espontânea e demais expressões do protagonismo delas na aprendizagem. Pelos conflitos inerentes à adoção de tais aparatos pedagógicos no contexto da Educação Infantil, defende-se a necessidade de ampliação do debate sobre tal, de modo que a adoção dos sistemas apostilados possa ser reavaliada, sem prejuízos para a infância.
Resumo: O presente trabalho se inspirou na observação de crianças de quatro anos brincando em um laboratório de ludicidade de Rondonópolis, Mato Grosso. Chama a atenção o fato de os pequenos tenderem a desmanchar os cantos temáticos, misturando os brinquedos, dentre outras ações pouco comuns ao olhar pedagógico. Em que pese tal percepção, o texto afirma que a natureza irracional e suprabiológica do jogo geralmente não é abordada pelas teorias educacionais, herdeiras da modernidade logocêntrica. Para contribuir com respostas teóricas ao problema, elaborou-se uma reflexão semiótica do brincar, demonstrando-se que os signos desta experiência não apresentam identidade fixa, fundamento de todo discurso racional. Com o percurso reflexivo, pretende-se ampliar as abordagens sobre a ludicidade, considerando sobretudo sua natureza estética e sígnica. Palavras-chave:Brincar. Crianças. Estética. Signo. Abstract:The present work was inspired by the observation of four years old children, playing in a ludicity laboratory in Rondonópolis, Mato Grosso. It draws attention to the fact that the children tend to dismantle the thematic places, mixing the toys, among other uncommon actions, to the pedagogical look. In spite of such perception, the text affirms that the irrational and suprabiological nature of the game is not usually approached by educational theories, heirs of logocentric modernity. To contribute with theoretical answers to this problem, a semiotic reflection of play was elaborated, demonstrating that the signs of this experience do not present fixed identity, wich is the basis of the all rational discourse. Along the reflexive course, we intend to broaden the approaches to ludicity, considering above all its aesthetic and signic nature.
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