O crescimento na oferta mundial de soja tem sido significativo nas últimas décadas e a demanda tem aumentado na medida em que a população mundial cresce e se urbaniza e a renda aumenta. Em função disto e dos fatores que tornaram o Rio Grande do Sul em um grande produtor de soja, um amplo mercado para a commodity se institucionalizou. Neste mercado, associado à comercialização do grão, estão envolvidos principalmente os produtores rurais e os originadores, compostos por cooperativas agropecuárias, cerealistas e tradings. Por sua natureza, o mercado de soja em grãos oscila consideravelmente e os momentos de safra se constituem como períodos de pressão de oferta. Neste contexto, objetivou-se analisar o processo de identificação dos parâmetros que estimulam os produtores rurais a tomar a decisão sobre o momento considerado adequado para comercializar a sua safra. Foram utilizadas três amplas bases de dados primários, resultantes de uma pesquisa documental de três organizações que atuam a mais de 60 anos na Mesorregião Noroeste do Rio Grande do Sul. A partir destas séries temporais, estimaram-se três equações econométricas a partir do Modelo de Regressão Linear Múltipla e utilização do Método dos Mínimos Quadrados Ordinários. Entre os resultados destaca-se o preço da soja influenciou na decisão de venda, por parte do sojicultor. Também, foi possível observar que existe um processo de sazonalidade e a maior parte da safra é comercializada entre os meses de março de junho, período em que os agricultores pagam suas obrigações financeiras, como empréstimos contraídos para o custeio agrícola.
O agronegócio brasileiro vem se destacando pela sua importância econômica e produtiva, principalmente pelas suas cadeias produtivas, como da soja e de carnes. Esse potencial coloca o país com um grande produtor de alimentos frente a outros países mundialmente. Entretanto, ao mesmo tempo em que algumas cadeias produtivas se destacam, outras são extremamente dependentes de importações para suprir a demanda interna, é o caso da cadeia produtiva do trigo, que importa grandes quantidades de cereais, sobretudo da Argentina. Nesse sentido, o presente estudo tem a finalidade de compreender a integração comercial entre o Brasil e a Argentina no setor tritícola, identificando as principais razões que fazem o Brasil ser tão dependente das importações deste cereal do país vizinho. A metodologia utilizada neste caso consiste de uma pesquisa bibliográfica e de um estudo de caso, com coleta de dados secundários e estatísticos coletados em sites da United States Department of Agriculture (USDA), Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e Associação Brasileira das Indústrias do Trigo (ABITRIGO). Especificamente, os principais resultados evidenciados são que o Brasil não apresenta condições favoráveis de clima e solo para a produção deste cereal de boa qualidade e em quantidade suficiente, além de serem insuficientes os incentivos à produção desse cereal no país. O trigo argentino, portanto, apresenta boa qualidade, uma vasta cadeia de incentivos governamentais para a produção, bem como, tarifas alfandegárias menores, tudo isso o torna mais barato quando comparado ao trigo produzido em solo brasileiro.
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