A gestão correta dos resíduos sólidos é um fator de grande relevância socioambiental, impondo ao poder público e a coletividade uma maior atenção, com vistas à manutenção da qualidade de vida da população. Neste sentido, o estudo objetivou avaliar os pontos de disposição irregular de resíduos sólidos no município de Soledade/RS como orientação para a análise da gestão municipal. Alinhado a esta temática, propõem-se o desenvolvimento de um aplicativo para ser usado em smartphone como uma ferramenta para gestão dos resíduos. Além disto, o projeto visa o despertar da população soledadense uma visão crítica sobre a proteção do meio ambiente, usando um meio tecnológico comum e acessível por muitas pessoas como os smartphone. Nesta perspectiva, a metodologia foi pesquisa-ação. Através do desenvolvimento do aplicativo observou-se 37 pontos de descarte irregular de materiais. As denúncias foram computadas no aplicativo e observou-se que os principais materiais gerados foram resíduos de construção civil, resíduos verdes, resíduos volumosos, resíduos domiciliares e resíduos de serviços de saúde. Os bairros que mais possuíam descartes irregulares foram o Centro com 10 pontos, bairro Fontes com 8 pontos, bairro Missões com 6 pontos, bairro Expedicionário com 4 pontos e, empatados com 3 pontos, os bairros Ipiranga, Farroupilha e Botucaraí. Com o desenvolvimento e a execução deste projeto, concedeu o sentido de uma universidade junto as ações de inovação, de pesquisa e do desenvolvimento de novas tecnologias, atendendo as demandas locais e regionais, de forma a apoiar e assessorar as potenciais transformações sociais, econômicas e culturais do município onde está inserida.
As discussões envolvendo questões ambientais em cemitérios vêm crescendo nas últimas décadas. Cemitérios mais antigos, datados antes da década de 1820, foram concebidos em épocas que não existiam normas específicas para a localização e instalação. Aspectos e impactos ambientais não eram levados em consideração e, consequentemente, esses locais tornaram-se fontes potenciais de contaminação ambiental. Nesse sentido, este estudo objetivou identificar os impactos ambientais gerados no cemitério de um município no Rio Grande do Sul. As informações relatadas são de fundamental importância para o município, pois o estudo apresenta a atual situação ambiental do único cemitério municipal, podendo auxiliar os órgãos competentes à tomada de decisão acerca dos riscos ambientais envolvidos e ainda ser usado como subsídio no enquadramento das normativas ambientais. A metodologia aplicada foi pesquisa bibliográfica de documentos relacionados ao objeto de estudo e pesquisa-ação, dividida em 4 etapas: análise histórica da documentação referente ao cemitério municipal, mapeamento da área, análise quanto as legislações vigentes e análise dos impactos ambientais gerados. Um dos problemas identificados no cemitério municipal é a impossibilidade de ampliação por ser uma área consolidada e construída na década de 20, localizada na área urbana do município. Verificou-se ainda que, dos 19 itens para atendimento aos critérios legais, o cemitério municipal atende 1 item de maneira integral, 5 itens de forma parcial e 13 itens não atendem a legislação. Contudo, observa-se que o cumprimento das questões ambientais e o gerenciamento de resíduos gerados precisam ser realizados para minimização dos impactos ambientais, sociais e econômicos.
A degradação ambiental é um problema que se intensifica a cada ano sendo que um dos principais resultados é a redução de água potável disponível para consumo humano. A preservação das nascentes é de extrema importância para a recarga dos aquíferos e para garantia da quantidade e da qualidade da água disponível. Este trabalho teve como objetivo mapear e analisar a situação ambiental de nascentes no perímetro urbano de Soledade (Rio Grande do Sul, Brasil), por meio de imagens de satélites, sistemas de informações geográficas, e visitação in loco para a realização do diagnóstico ambiental. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica e a pesquisa-ação. Para o mapeamento das nascentes foram usados o Sistema de Informações Geográficas (SIGs) e o software de geoprocessamento ArcGis. Todas as nascentes foram visitadas e a análise ambiental levou em consideração os critérios: tipo de nascente, grau de conservação, proximidade com residências, acesso antrópico, presença de animais domésticos e de resíduos sólidos. Foram identificadas 31 nascentes, sendo 18 classificadas como degradadas, 10 como perturbadas, duas (2) estavam canalizadas e apenas uma (1) preservada. A ausência de vegetação, o depósito irregular de resíduos sólidos, o cultivo de espécies exóticas (eucalipto), a proximidade de residências, o uso das nascentes para dessedentação animal, a proximidade de lavouras e de rodovias, o aterramento e a canalização de nascentes para loteamento foram os principais fatores de impacto as Áreas de Preservação Permanente (APP) das nascentes. Vale lembrar que a água é considerada pela ONU como um dos pontos prioritários para garantir o desenvolvimento sustentável, sendo o suprimento potável e a quantidade adequada de água um recurso chave para a garantia do desenvolvimento social e econômico. Sendo assim este estudo recomenda que a municipalidade de Soledade invista em ações de educação ambiental e capacitação dos gestores; priorize a definição de políticas públicas que promovam e incentivem a preservação das áreas de nascentes e, ao mesmo tempo adote medidas para recuperação das APPs. Recomenda-se ainda que os dados aqui apresentados sejam como subsídios para o planejamento da expansão urbana por meio da definição de áreas passíveis de ocupação e delimitação das áreas de preservação ambiental. Além de uma economia gerada a médio e longo prazo ao garantir água potável com menor necessidade de tratamento o município estaria contribuindo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e se posicionando a frente de outras municipalidades que ainda não realizam ações voltadas para este objetivo.
Os danos ambientais provocados por atividades antrópicas têm sido motivo de alerta pela comunidade científica, pois a alta pressão de exploração sobre os recursos naturais, agravada pela poluição crescente, tem causado a destruição dos ecossistemas, com reflexos imediatos sobre o equilíbrio ambiental e a saúde e bem-estar das pessoas. O objetivo deste trabalho foi confrontar a ocorrência de crimes ambientais registrados formalmente e o nível de informação dos produtores rurais sobre as áreas de preservação em suas propriedades no município de Soledade (RS). Para tanto, os registros de crimes ambientais foram consultados no Departamento Municipal do Meio Ambiente e aplicou-se um questionário aos agricultores. O questionário foi respondido por 91 pessoas, sendo 67 homens e 24 mulheres, com faixa etária entre 33 e 63 anos. Destes, 91,2 % declararam possuir áreas de preservação permanente em suas propriedades (73 banhados, 69 sangas, 11 nascentes e 6 rios), sendo que 64,8 % realizaram licenciamento de alguma atividade na propriedade. A ocorrência de crimes ambientais em propriedades vizinhas foi apontada por 62,6 % dos produtores, totalizando 344 infrações. No Departamento do Meio Ambiente de Soledade, foram registradas 114 denúncias entre 2012 e 2018, indicando uma diferença entre a ocorrência efetiva dos crimes ambientais e a realização formal da denúncia. A falta de informação e o desconhecimento dos produtores quanto as verdadeiras consequências do manejo inadequado dos recursos naturais sob sua custódia, põe em risco a manutenção desses recursos a longo prazo.
A preservação das nascentes é de extrema importância para as recargas dos aquíferos e para a qualidade da água. O estudo objetivou analisar os parâmetros macroscópicos, físico-químicos e microbiológicos de treze nascentes mapeadas no bairro Fontes, município de Soledade (RS). A metodologia foi dividida em três etapas: 1-análises macroscópicas; 2-análises físico-químicas e microbiológicas utilizando o Ecokit ALFAKIT@; e 3-análises dos coliformes totais e Escherichia coli. Os resultados indicam que as nascentes apresentam perturbações antrópicas e ambientais, pois das treze nascentes avaliadas, três nascentes estão enquadradas na Classe E, consideradas com grau de preservação péssimo, na classe D estão enquadradas cinco nascentes e são consideradas como grau de preservação ruim, e duas nascentes avaliadas foram enquadradas como Classe C e Classe B, respectivamente, classificadas como grau de preservação razoável e boa. Ainda, observou-se que uma nascente estava aterrada, outra foi canalizada e um não possuía fluxo de água durante o período do estudo. Todas as amostras apresentaram resultados positivos para Escherichia coli em pelo menos uma das coletas avaliadas. Conclui-se que todas as nascentes apresentaram perturbações antrópicas, indicando as alterações ambientais que as nascentes vêm sofrendo ao longo do tempo, evidenciando a importância do fomento de políticas públicas municipais para auxiliar na preservação e aumento do fluxo dos cursos d’água, influenciando diretamente na quantidade e na qualidade das águas.
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