O presente trabalho apresenta os procedimentos e a metodologia utilizada na execução do furo estratigráfico (1200m de profundidade) na região Riacho Fechado (Currais Novos/RN) pela CPRM-Companhia de Pesquisa e de Recursos Minerais (Serviço Geológico do Brasil), enfocando deste a instalação da sonda, aquisição de dados através dos testemunhos, até a obtenção de dados que permitissem uma modelagem geológica da região. O furo de sonda está inserido no Domínio Rio Piranhas-Seridó da Província Borborema (nordeste do Brasil), porção central do estado do Rio Grande do Norte, tendo como objetivo principal avaliar as relações/feições estratigráficas do Grupo Seridó, com ênfase a caracterizar uma possível inversão estratigráfica desta unidade na referida região, na qual estão presentes minas de scheelita, tais como Brejuí, Boca de Lages e Barra Verde. Com relação aos procedimentos do referido furo, é abordada a metodologia referente ao posicionamento da sonda, orientação de testemunho, além de medidas de atitudes (planares e lineares), registro/descrições e análises de Fluorescência de Raios-X (portátil) nos testemunhos. A descrição das litologias associadas as medidas/parâmetros estruturais obtidos nos testemunhos e em campo, permitiram caracterizar uma inversão estratigráfica do Grupo Seridó, materializada por uma dobra recumbente com superfície axial subhorizontalizada, provocando repetição de unidades/formações do Grupo Seridó, onde ressaltamos a Formação Jucurutu na porção inferior do furo, e consequentemente ampliação o potencial exploratório da região. Um biotita leucogranito equigranular com idade (U-Pb) em zircão de 561+4 Ma observado na profundidade de 167,25 a 171,78m é sugerido como provável fonte para os fluidos magmáticos responsáveis pelo transporte e precipitação das mineralizações de tungstênio e molibdênio na região. A integração e análise de mapas e seções geológicas, furos estratigráficos, dados aeromagnéticos e da bibliografia permitiram sugerir um modelo/configuração geológica da porção leste do Domínio Rio Piranhas-Seridó durante o Neoproterozoico, bem como sua configuração atual.
O Stock Serra da Acauã está inserido no contexto da atividade plutônica ediacarana, uma das mais importantes feições geológicas na Província Borborema, Nordeste do Brasil. O corpo está dividido em duas fácies: uma equigranular fina a média e outra inequigranular média a fracamente porfirítica com fenocristais de K-feldspato. Determinações U-Pb em zircão apontaram uma idade ediacarana de c.a 578 Ma para a sua cristalização. Petrograficamente, o stock consiste de um biotita monzogranitos hololeucocráticos a leucocráticos (M = 1,3 – 9,9%), com biotita sendo o máfico principal (0,5 a 8,1%). Minerais opacos, titanita, allanita, apatita e zircão são acessórios e as fases minerais mais precoces. As rochas que formam o stock são geoquimicamente similares, de caráter fracamente peraluminoso (1,00 ≤ A/CNK ≤ 1,04), com coríndon normativo e de assinatura transicional entre rochas alcalinas e calcioalcalinas. A variação do conteúdo de óxidos e elementos traço sugere o fracionamento de plagioclásio, biotita, titanita, apatita e magnetita durante a cristalização do magma. O diagrama para elementos terras raras mostra enriquecimento dos elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras pesados, com razões LaN/YbN entre 16,10 e 54,75, e anomalias negativas de Eu (Eu/Eu* de 0,66 a 0,90) compatíveis com fracionamento de plagioclásio. Dados referentes à temperatura de saturação de zircão somados a diagramas discriminantes geoquímicos permitem associar essas rochas a granitos tipo I altamente fracionados. O conjunto de dados permite correlacionar o magmatismo no contexto de granitoides calcioalcalinos de alto potássio, tardi a pós-tectônicos do Domínio Rio Piranhas-Seridó.
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