Os estudos de riscos e vulnerabilidade a mudanças climáticas desempenham um papel importante para o bem-estar das comunidades em geral, uma vez permitem com que as pessoas tomem medidas de mitigação em relação a eventos extremos, não só, como também a comunidade acaba ficando sempre em alerta e procurar estratégias com vista à sua superação. Portanto, urge a necessidade de realizar esta pesquisa, com objetivo de analisar os riscos e a vulnerabilidade a mudanças climáticas na Vila de Inharrime. A vila tem sido fustigada por diversos riscos, mas apenas nos centramos nos riscos em relação a destruição da via devido a erosão, a construção de casas nas regiões propícias a cheias e próximo de grandes escavações, assim como a existência de Barraca de venda de comidas nas proximidades da lixeira. Contudo, estes são alguns riscos e vulnerabilidades a mudanças climáticas que avançámos, mas importa referir que em alguns bairros da vila, devido a sua localização geográfica praticamente numa zona pantanosa, existem vários riscos. A partir da revisão bibliográfica e trabalho de campo, auxiliado com a técnica de caminhada transversal e observação sistemática, constatou-se que há riscos geomorfológicos associados a destruição de vias de excesso devido a erosão e riscos antropogênicos relacionados com a construção de casas nas áreas propícias a cheias, acidente de viação no mercado de Matsacaritene, venda de comidas nas proximidades da lixeira. Estes riscos propiciam vulnerabilidade de ocorrência de cheias o que põe em perigo de contraírem doenças hídricas. Assim, as instituições competentes devem tomar medidas consentâneas com vista a mitigar os eventos extremos principalmente para as pessoas que constroem moradias próximo a lixeira, como também aos que vivem nos terrenos em que anualmente ocorrem cheias no período chuvoso devido ao aumento do caudal do rio Inharrime.
A formação dos assentamentos humanos em Moçambique está intimamente ligada às migrações principalmente nas zonas urbanas, onde o processo de crescimento actual obedeceu 3 períodos, nomeadamente, pós independência, o período da Guerra de desestabilização e o período pós Acordo Geral de Paz. A partir da pesquisa bibliográfica realizou-se este trabalho com objectivo de analisar a complexidade da construção do espaço urbano em virtude de fenómenos não programados como, as migrações. Tendo em conta as condições de precariedade que ainda se vive nas zonas rurais moçambicanas, os movimentos migratórios constituem um dos mecanismos que proporcionam melhores rendimentos, acesso aos serviços sociais básicos, assim como melhores perspectivas de vida para os agregados familiares. Contudo, a urbanização no contexto da globalização, e a necessidade de criação de novos espaços urbanos, favoreceu a extensão das fronteiras das cidades, para áreas com características rurais e provavelmente sem valores a agregar as cidades assim como mudanças na urbanização moçambicana, resultando em alteração da paisagem urbana. Esta forma de produção dos espaços, propiciou a continuidade da dualidade existente no período colonial mas desta feita, o centro da cidade passou a ser ocupado por cidadãos moçambicanos e a grande diferença residia na densidade populacional que os espaços urbanos passaram a ter.
As áreas de conservação proporcionam vários Serviços Ecossistêmicos (SE) necessários para a manutenção das comunidades humanas que habitam em seu torno ou não. Este trabalho foi realizado na estação arqueológica de Manyikeni, com enfoque no ecossistema de floresta que apresenta condições físicas diferentes, com o objectivo de compreender os serviços ecossistémicos de cultura prestados pelo ambiente local, constituído por uma paisagem artificial e natural. Para a compressão do contributo dos SE, foi aplicada a classificação CICES (Common International Standard for Ecosystem Services), onde apurou-se que a Estacão Arqueológica de Manyikeni desempenha um papel importante para as comunidades locais, estudantes, pesquisadores e turistas que se beneficiam.
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