This article aims to analyze the intervention in the area of public agrarian extension in Mozambique, taking into consideration the trajectory of this policy in this country. The methodology used is the literature review and consultation of documents that guide the agrarian extension in the country. Documentary analysis of plans and programs that address the theme was performed, as well as the consultation of articles available on Google scholar published between 2000 and 2019, which brought discussions about agrarian extension. The results suggest that the intervention of extension technicians is still low. This reality may be associated with the fragility of agricultural extension sector policies and agricultural policies that support the area. The verified data demonstrate that the number of extensionists tends to increase, but the rate of farmers who benefit from these services tends to reduce. Low coverage of extension services and poor consideration of farmers’ social economic conditions at ultimately contribute to low rates of agricultural productivity. Therefore, agrarian extension services should be taken as a fundamental support instrument for farmers, contributing to the increase of agricultural production and productivity and to the improvement of economic social and commercial conditions in Mozambican agriculture. Therefore, it is considered relevant for Mozambique to develop land extension policies and implement them to enable greater capillarity with farmers.
O artigo tem por objetivo apresentar o papel e os desafios da agricultura familiar em Moçambique. O estudo recorreu a revisão de literatura, para isso, foram usados artigos científicos, disponíveis no Google Scholar, publicados no período de 2000 a 2020, livros, relatórios técnicos e dissertações abordando matérias sobre agricultura, desenvolvimento rural e segurança alimentar. As análises feitas sugerem que a agricultura familiar é praticada pela maioria da população rural moçambicana e está voltada para o autoconsumo, caracterizado pela forte dependência da natureza e fraco uso de tecnologias. O país ainda enfrenta muitos desafios para o desenvolvimento rural, tanto que, ainda há muitas famílias passando por privações. As desigualdades no acesso às infraestruturas entre as regiões sul, centro e norte e entre os centros urbanos e o meio rural são bastante acentuadas. Com os resultados é possível apontar que as políticas agrárias moçambicanas se mostram inconsistentes deixando maior parte dos agricultores sem acesso a serviços e infraestruturas básicas que poderiam impactar na melhoria dos seus meios de vida. O estudo sugere que o governo moçambicano crie políticas mais robustas e exequíveis capazes de contribuir para a promoção do desenvolvimento rural, redução das assimetrias regionais e melhoria da qualidade de vida das famílias rurais.
O artigo tem por objetivo analisar o papel dos Serviços de Extensão Rural (SER) para a agricultura familiar em dois distritos da província de Niassa: Sanga e Muembre, em Moçambique. Participaram da pesquisa 220 agricultores familiares, selecionados a partir da amostragem probabilística simples. Os dados foram coletados entre os meses de janeiro e junho de 2020 e submetidos ao software de análise de dados Statistical Package for the Social Science (SPSS), recorrendo-se à estatística descritiva, ao teste qui-quadrado e ao t-student para subsidiar as discussões. De forma geral, os resultados apontam que os SER ainda enfrentam muitos desafios. Os resultados indicam aumentos da produção, da renda familiar e do número de meses suportados pelo consumo de alimentos de produção própria, no entanto, os agricultores consideram que estes resultados não são associados somente ao acesso a esses serviços. Assim, para que os SER tenham efeitos desejados, é necessário mudar os paradigmas rumo a uma extensão mais humanizada que garanta a participação efetiva dos agricultores na tomada de decisões.
A agricultura constitui o pilar para o desenvolvimento e a luta contra a fome nos países da África Subsaariana. Esse setor emprega cerca de 70% da população e contribui aproximadamente com 25% do PIB. Em Moçambique, a agricultura é considerada a base de desenvolvimento desde a primeira constituição da República em 1975. No entanto, a literatura aponta que o setor enfrenta múltiplos desafios como, por exemplo, políticas públicas ineficientes e insuficiência de recursos humanos e financeiros. É nesse contexto que o trabalho analisou os Serviços de Extensão Rural (SER) públicos a partir da sua dinâmica e modos de execução, buscando compreender a caracterização desses serviços e sua colaboração na agricultura familiar na província de Niassa - Moçambique. A pesquisa, de caráter exploratório e descritivo, recorreu à abordagem qualitativa e quantitativa. O seu desenvolvimento, contemplou a utilização de dados primários e secundários. Para a obtenção dos dados primários foram utilizados como instrumentos de coleta a aplicação de questionários junto a agricultores e técnicos dos distritos de Sanga e Muembe e entrevistas semiestruturadas com os chefes do SER. Para a seleção dos agricultores recorreu-se a amostragem probabilística aleatória simples, ao censo para os extensionistas e à amostragem não probabilística por conveniência para os funcionários na posição de chefe ao nível provincial e distrital. Assim, a pesquisa foi realizada entre os meses de janeiro e junho de 2020 e abrangeu 220 agricultores, 30 técnicos e 10 chefes. Utilizando o software SPSS, realizou-se a estatística descritiva, teste qui-quadrado e t-student para testar as hipóteses do estudo. A agricultura é descrita como a principal ocupação, servindo de fonte de alimentos e renda do agregado familiar. Os agricultores obtêm um rendimento médio de 1,15 ton./ha na cultura de milho, o que não difere do rendimento médio nacional. Entre adversidades observadas, os SER cobrem uma pequena parcela dos agricultores familiares e as infraestruturas de estrada estão degradadas, influenciando negativamente nos processos produtivos. Assim, a contribuição dos SER na agricultura ainda é fraca, destarte cerca de 70% dos agricultores estão no limiar da pobreza. A abordagem difusionista é predominante na atuação dos técnicos de extensão rural e a participação dos agricultores nas atividades de extensão é ínfima. O setor agrário enfrenta desafios de insuficiência de recursos humanos, materiais e financeiros para a realização das atividades. Para que esse setor contribua para a redução da fome e da pobreza é necessário desenhar e implementar políticas e estratégias robustas que considerem as realidades locais e os contextos dos agricultores. Deste modo, o desenvolvimento de uma ação extensionista pautada na comunicação, no diálogo e na efetiva participação dos agricultores figura como importante estratégia para a melhoria dos serviços prestados e o alcance de resultados satisfatórios. Para tanto, visando o aprimoramento do atendimento aos agricultores, das tecnologias sociais disponibilizadas que as tornem viáveis frente à reduzida capacidade financeira dos agricultores, é necessária a capacitação regular dos técnicos de extensão, incluindo a abordagem não só de aspectos técnicos como também de conteúdos sociais. Palavras-chave: África Subsaariana. Desenvolvimento rural. Abordagem de Extensão Rural. Política de extensão rural. Pobreza.
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