A doença conhecida como meningite é provocada pela inflamação das meninges que envolvem o sistema nervoso central, que inclui o cérebro e a medula espinhal. As taxas de mortalidade ainda permanecem altas, variando de 5 a 30% dos casos, e cerca de 50% dos sobreviventes desenvolvem sequelas neurológicas. Os efeitos mais comuns da meningite, variando na dependência do agente etiológico envolvido, em crianças que sobrevivem incluem perda auditiva, atrasos no desenvolvimento e baixo desempenho acadêmico. Neste contexto, objetivou-se na presente pesquisa avaliar o perfil epidemiológico dos casos de meningite infantil no Brasil, diagnosticados em crianças menores que 1 ano, no período de 2011 a 2020. A presente pesquisa foi realizada por meio de um estudo retrospectivo, quantitativo, com dados secundários temporais coletados da base de dados do DATASUS de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis avaliadas foram: Região do país, sexo, faixa etária, raça, peso ao nascer, idade gestacional e escolaridade da mãe. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e foram representados na forma de gráficos. No Brasil entre o período de 2011 a 2020 foram diagnosticados 1.146 casos de meningite infantil (0 a 11 meses de vida). A região Sudeste apresentou o maior número de crianças e neonatos com meningite, e menor número na Centro-Oeste. O sexo masculino e das raças branca e parda foram os mais afetados pela doença. Ademais, peso ao nascer menor que 3 quilogramas, idade gestacional menor que 37 semanas e grau de escolaridade entre 8-11 anos de educação formal demonstraram maior prevalência.
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