OBJETIVO: Descrever os casos de sífilis em gestantes no estado do Acre no período compreendido entre 2015 a 2020. MÉTODO: Estudo ecológico descritivo com a utilização de dados secundários disponíveis no site do Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde – DATASUS, tabulados a partir do TABNET. As variáveis utilizadas foram: ano de notificação, grau de instrução, faixa etária, raça/cor, classificação clínica, idade gestacional e esquema de tratamento. RESULTADOS: Foram notificados 2443 casos no período. A maioria encontrava-se na faixa etária entre 20 a 29 anos, 1146 (47%), com ensino fundamental incompleto, 677 (28%), e raça/cor parda, 1983 (81%). A doença apresentou seu pico mais elevado no ano de 2018, com a notificação de 627 (26%) casos, e uma redução partir deste ano. A maior parte foi classificada como sífilis primária 900 (37%), diagnosticadas no 1º trimestre da gravidez 876 (36%). Quanto ao esquema de tratamento, 1891 (77,4%) estavam sem informação no sistema, e a penicilina foi o antibiótico de escolha de 529 (21,7%). CONCLUSÃO: Os casos de sífilis no Acre apresentaram redução no último ano analisado, o que pode estar relacionado a baixa frequência ao pré-natal, em decorrência da pandemia de Covid-19. Foram acometidas mulheres jovens e classificadas com sífilis primária no 1º trimestre da gravidez.
Este estudo teve como objetivo analisar o perfil dos casos de câncer de mama no estado do Acre no período de 2015 a 2019. Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento transversal. A amostra foi constituída por todos os casos de câncer de mama registrados no Acre e inseridos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no período de 2015 a 2019. Foram identificados no período 293 casos da doença, com maior número de casos registrados no ano de 2019 (25,0%), sendo a maioria do sexo feminino (98,0%), na faixa etária de 40 a 49 anos (29,0%). O tempo decorrido desde o diagnóstico até o início do tratamento foi de mais de 60 dias (51,0%). A modalidade terapêutica mais utilizada foi a quimioterapia (55,0%). O local da realização do tratamento ocorreu capital do estado Rio Branco (80,0%). A maior parte dos acometidos, ainda encontra-se em tratamento (56,0%), no entanto (44,0%) evoluiu para óbito. O aumento da doença com o passar dos anos é notável no Acre. É importante destacar que ações voltadas para a prevenção e controle do câncer de mama continuam sendo fundamentais para auxiliar na diminuição do número de casos, como o rastreamento e diagnóstico precoce.
A violência, independentemente de sua natureza, é um dos principais obstáculos para a garantia dos direitos humanos e da liberdade individual de mulheres, e afeta-a em todas as fases da vida. O objetivo do estudo foi identificar os casos de violência contra mulher no estado do Acre no período compreendido entre 2017 a 2021. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e de abordagem quantitativa, cuja coleta de dados foi realizada no Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Verificou-se a ocorrência de 6.623 casos no período estudado, apresentando uma tendência de queda no último ano. No que se refere a idade da vítima a maioria encontrava-se na faixa etária de 15 a 19 anos 1.838 (28%), seguido das faixas etárias de 10 a 14 anos 1.650 (25%) e 20 a 29 anos 1606 (24%). Frente ao tipo de violência sofrida, a maioria foi a violência física /espancamento, 5476 (37,4%), violência sexual 3872 (26,5%), seguido de envenenamento 1463(10,0%) e violência psicológica 1367 (9,3%). Quanto ao ciclo de vida, o agressor não foi possível identificar em 4.227 (63,8%) dos casos, pois os dados não estavam disponíveis. No que se refere ao vínculo com o agressor esse dado estava sem identificação na maioria dos casos 2201 (33,0%), no entanto dentre as informações possíveis de serem identificadas, 1374 (20,7%), a violência foi cometida pelo cônjuge e 936 (14,1%) pelo (a) namorado (a). Os achados permitem a necessidade da implementação de medidas eficazes que possam modificar a realidade em que essas mulheres estão inseridas.
Objetivou-se avaliar a religiosidade de indivíduos hospitalizados com síndrome coronariana aguda em um hospital de urgência e emergência do Acre. Trata-se de estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 65 indivíduos de ambos os sexos. Para a coleta de dados, utilizou-se a versão em português da escala de religiosidade da Duke (P-DUREL) e um formulário para coleta de dados sociodemográficos. A maioria encontrava-se na faixa etária de 50 a 60 anos 28 (43%), do sexo masculino 50 (70%), da raça/cor da pele parda 42 (65%), com ensino fundamental incompleto 21(32%) e da religião católica 33(51%). Quanto a religiosidade organizacional a maior parte demostrou frequentar a igreja uma vez por semana 18 (28%). Frente a religiosidade não organizacional a maioria evidenciou realizar a atividades religiosas individuais 26(40%). Sobre os índices de religiosidade intrínseca, observou-se que a maioria verbalizou sentir a presença de Deus 56 ( 86%), que as crenças religiosas estão realmente por trás de toda a sua maneira de viver 41 (63%) e que a maioria se esforça muito para viver a religião em todos os aspectos vida 35 (54%). Conclui-se que a religiosidade dos indivíduos hospitalizados com síndrome coronariana aguda foi considerada satisfatória podendo contribuir para desfechos favoráveis em saúde, no entanto no presente estudo a religião/religiosidade não influenciou no risco cardiovascular.
Indivíduos hospitalizados estão sujeitos à ocorrência de Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS), responsáveis pelo aumento de gastos públicos e impacto no tempo de internação. Objetivo: analisar casos de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em pacientes assistidos em uma Unidade de Terapia Intensiva do Acre. Métodos: estudo epidemiológico, retrospectivo, realizado em um Hospital de Urgência e Emergência do Acre, no ano de 2019. Os dados foram coletados através das fichas de notificação da comissão de controle da infeccção hospitalar da unidade, organizados em tabelas e analisados por meio da estatística descritiva. Resultados: a maior ocorrência se deu no sexo masculino (66%). Não foi possível avaliar a média de idade dos indivíduos, pois essa informação estava ausente em 32% das fichas de notificação, bem como em 26% delas, não haviam informações acerca do motivo da internação, porém observou-se que a topografia mais incidente entre os casos identificados, foram as internações por acidentes e violências (24%). A ventilação mecânica foi realizada na maioria dos pacientes (59%) e a Pseudomonas aeruginosa foi o principal patógeno encontrado (39%). O material biológico mais frequente para isolamento do patógeno foi a secreção traqueal (70%). Acerca do desfecho clínico, em (61%) das fichas essa informação também estava ausente, no entanto frente ao que foi possível avaliar (31%) dos indivíduos evoluíram para óbito. Conclusão: As Infeccções Relacionadas á Assistencia á Saúde, são uma realidade atual dentro das unidades de terapia intensivas, acometendo um número significativo de individuos no Acre, sendo importante que se implementem medidas que possam mudar essa realidade, bem como é urgente que haja melhoria dos registros nas fichas de notificação para que seja possível a realização de avaliações mais concretas.
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