The primary focus of this article is on the political and economic impact of China's trade relations with Latin America. However, many aspects of China's commodities'-based trade and investment ties with developing countries in Africa as well as with developed economies, like Australia's, share important similarities to China's ties with Latin America.
O artigo foca as relações de negócios e investimentos entre China e América Latina na década de 2000. Há três interpretações principais, distintas e relacionadas, sobre esse conjunto de relações: para a primeira, a América Latina, uma região com recursos naturais abundantes, exporta produtos primários para uma China em expansão, mas carente de tais recursos. Sustentam essa interpretação aqueles, incluindo muitos representantes proeminentes do governo, que afirmam as relações econômicas entre China e América Latina serem fundamentalmente complementares, tendo um efeito positivo para ambas as partes. Em contrapartida, outros observadores têm destacado que o que é visto como complementaridade é na verdade apenas uma forma renovada de dependência latino-americana. Esses autores alegam que, apesar da rápida expansão dos negócios e investimentos trazer benefícios no curtoprazo para ambos os lados, essa natureza de relações baseada em commodities reforça os padrões disfuncionais de desenvolvimento da América Latina que muitos países da região há muito tempo renunciaram e têm tentando deixar para trás há mais de meio século. Tomando essa discussão como referência, apresenta-se, em primeiro lugar, uma visão geral das relações de comércio e investimentos entre China e América Latina, destacando o papel importante da demanda chinesa por commodities latino-americanas. Em segundo, descreve-se as diferentes interpretações sobre o que conduz essa relação comercial e quais são as suas conseqüências. Em terceiro, apresenta-se o argumento, por nós defendido, sobre como nós deveríamos entender o que tem conduzido as relações econômicas entre China e América Latina e o que está em jogo. Conclui-se explorando as implicações das nossas descobertas para a idéia de que a China oferece um modelo único de economia política doméstica e internacional.
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