A complexidade da realidade atual tem redimensionado as leituras acerca dos processos sócio-espaciais, que vem ampliando a demanda por uma postura científica cada vez mais interdisciplinar, onde o conhecimento esteja à frente das questões postas no cotidiano. Tais processos se encontram, cada vez mais, imbuídos do fazer dialético entre o individual e o social, entre o local e o global e também entre o subjetivo e o intersubjetivo. Diante disso, este artigo faz uma reflexão teórica, a partir do conceito de Intersubjetividade, de uma categoria espacial híbrida e composta: "lugar-território", vislumbrando novos rearranjos espaciais enquanto elementos teóricos de suporte à leituras do espaço na dimensão micro e sócio-espacial.
O conhecimento, que significa organizar, estruturar e explicar as experiências do sujeito com o mundo dos objetos, corresponde a uma construção social da realidade e da história, adquirida pela experimentação na percepção do mundo. A construção do conhecimento acontece na observação e experimentação do sujeito espacializado, a partir dos processos políticos, econômicos, culturais e sociais que se apresentam. O espaço é objeto de estudo de vários pesquisadores: matemáticos, filósofos, geógrafos, psicólogos, sociólogos, pela sua íntima relação com à percepção e com a representação. Diante desta complexidade, é propósito deste artigo refletir sobre essa categoria, a partir da corrente fenomenológica, como aprofundamento da compreensão teórica em torno dessa categoria chave da Geografia.
Ainda que vários conteúdos abordados na geografia da Educação Básica tenham sido tratados, pioneiramente, por Alexander von Humboldt, seu nome e sua imagem poderiam estar mais presentes neste nível de ensino. Esse trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que objetivou identificar aspectos da obra de Humboldt que se tornaram relevantes para a ciência geográfica e entender de que maneira é possível associar/transpor a geografia acadêmica à geografia escolar. A pesquisa, do tipo documental, analisou a obra “A invenção da natureza – a vida e as descobertas de Alexander Von Humboldt”, lida e discutida em reuniões remotas. A partir das análises foram elencadas as principais descobertas de Humboldt a partir de quatro eixos temáticos: meio ambiente, sociedade e cultura, política e curiosidades. Como exemplos, podemos apontar a definição das isotermas, a descoberta do equador magnético, os estudos sobre a dinâmica de formação de minerais, a relação direta entre a ação humana, por meio do desmatamento, e as mudanças climáticas, além da atuação em outras áreas, no âmbito social e político. Diante dos feitos de Humboldt, buscou-se relacionar tais descobertas com os conteúdos abordados no programa de Geografia no Ensino Médio do CEFET-MG. Assim, foi possível apontar possibilidades para inserir Humboldt, e seus estudos, na geografia escolar da Educação Básica.
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