Este artigo busca expor as possibilidades metodológicas estabelecidas pela obra fílmico-etnográfica do antropólogo-cineasta Jean Rouch, principalmente no que se refere a uma antropologia compartilhada, não qual os atores sociais não seriam abenas objetos do conhecimento, mas também sujeitos. Para isto, apresentaremos as primeiras experiências que a antropologia teve com o uso de conteúdos visuais, para então entendermos as possibilidades que Rouch oferece para a antropologia na produção do conhecimento científico.
Jean Rouch desenvolveu em sua obra fílmico-etnográfica um novo modo de se fazer cinema e antropologia, fornecendo possibilidades para ambos os campos. Este artigo busca, através de um estudo em antropologia visual, apresentar os modos como os filmes documentários de Robert Flaherty e Dziga Vertov influenciaram o trabalho de Jean Rouch, além de demonstrar as principais características e filmes de Jean Rouch e os conceitos desenvolvidos em sua obra. Portanto, este trabalho tem a intenção de ser uma introdução ao cinema etnográfico rouchiano, de modo a possibilitar um primeiro contato com a obra deste antropólogo-cineasta.
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