Este artigo tem por objetivo contribuir para a compreensão das mudanças comportamentais da população brasileira urbana frente ao fenômeno do luto e da perda. É resultado de um grande mapeamento do comportamento do homem brasileiro, de segmentos médios urbanos, e das mudanças experienciadas na sua sensibilidade, no decorrer da segunda metade da última década do século XX, tendo o processo de luto e da perda como mote analítico.
Este ensaio é uma introdução ao modo de pensar e fazer sociológico e aos processos de construções novas realizadas pela sociologia de Norbert Elias. Busca compreender a importância da obra de Norbert Elias para a análise social, cultural e histórica, tendo como lugar principal de fala a sociologia e como recorte de olhar, específico, a economia emocional por ele proposta e sua contribuição à sociologia das emoções. Em um primeiro andamento, o ensaio faz uma pequena abertura discursiva às diversas sociologias contidas na obra de Elias. Em seguida, procura realizar um sobrevoo nas relações tensas e de equilíbrio frágil entre indivíduo e sociedade, pairando sobre o processo de adequação e consolidação de uma nova sensibilidade ocidental, por meio da internalização dos sentimentos e, em particular, da vergonha como motriz da ação individual no cultural e no societal. No momento final discute as noções de habitus e de rede humana configuracional. This paper is an introduction to the way of thinking and doing sociological processes and new constructions undertaken by the sociology of Norbert Elias. It seeks to understand the importance of the work of Norbert Elias to analyze social, cultural and historical, whose principal place of talking sociology, and cut to look like, specifically, the emotional economy proposed by him and his contribution to the sociology of emotions. In a first movement, the essay makes a small opening to the various discursive sociologies contained in the work of Elias. It then attempts to perform a flyover in relations strained and fragile balance between individual and society, hovering over the process of adjustment and consolidation of a new Western sensibility through internalization of feelings and in particular shame as the motives of individual action in cultural and societal. In the final moment eliasiana discusses the notions of habitus and configuracional human network.
Na busca de conceituação da noção de medo, os entrevistados da cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, situaram o conceito a partir das vivências com o ambiente social onde estão situados e dividiram a noção medo em três categorias principais: a falta de fé, a falta de confiança e receio de errar e a falta de segurança pessoal ou familiar. Este artigo analisa as três categorias apresentadas para a definição de medo entre os moradores da cidade.
A questão desenvolvida neste trabalho é a de que o medo é uma emoção social e uma construção social de sentidos. Parte da hipótese de que o medo é uma emoção forjada nas relações sociais. Este trabalho objetiva compreender as bases da construção social do medo no imaginário do homem comum, como um jogo de manutenção, conformação e transformação de ensaios sociais e individuais, enquanto redes de conflito que informam e formulam culturas emotivas e processos morais. O trabalho analisa as relações entre indivíduos ou grupos, apreendidas como entrelaçadas na presença direta ou indireta do medo.
Resumo: Este artigo tem por objetivo realizar uma breve panorâmica da situação da sociologia e da antropologia das emoções no Brasil, desde o seu surgimento, no final da primeira metade da década de 1990, até o presente. Baseia-se, entre outras fontes, em dados recolhidos em congressos e encontros realizados no Brasil e na América Latina, que tiveram grupos de trabalho em antropologia e sociologia das emoções, ou temas a elas correlatos.Palavras-chave: sociologia das emoções; antropologia das emoções; estado da arte da sociologia e da antropologia das emoções; consolidação da área disciplinar.O que é antropologia e sociologia das emoções?A sociologia e a antropologia das emoções se constituíram como subárea de conhecimento das disciplinas antropologia e sociologia, resultado de um processo iniciado nos Estados Unidos nos anos de 1970 1 . No Brasil, o seu surgimento e a luta pelo reconhecimento e processo de consolidação aconteceu quase duas décadas depois, nos anos de 1990.A constituição dessas novas disciplinas deu-se como um processo de busca de rejuvenescimento da teoria social, permitindo uma releitura da tradição sociológica e antropológica, desde os seus clássicos. Esta nova leitura foi influenciada, principalmente, pela filosofia francesa de Derrida e Foucault e pela filosofia social de Simmel e através da redescoberta do processo civilizador, de Norbert Elias (1990; 1993), entre outros autores.Nos Estados Unidos, a revisão da teoria social que gestou e permitiu os primeiros passos da antropologia e da sociologia das emoções, deu-se pari passu à redescoberta das filiações interacionistas desenvolvidas pelo que se convencionou chamar de Escola de Chicago, e uma revisão e crítica do estrutural-funcionalismo parsoniano, dominante desde o final da década de 1940 no pensamento social local 2 . A sociologia e a antropologia das emoções espalharam-se pelo mundo, com construções teórico--metodológicas diversas, e até mesmo conflitantes, na busca de situar as emoções como categoria central para se pensar a inter-relação entre indivíduo e sociedade: fundamento da constituição das ciências sociais.
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