No manejo de florestas tropicais, a ocorrência de ocos nos troncos e seu impacto sobre a produção volumétrica têm sido pouco abordados na literatura científica nacional. Esta questão é tratada no presente trabalho, por meio de um estudo de caso em uma unidade de produção anual (UPA) localizada na Floresta Nacional de Saracá Taquera, PA. Foram selecionadas, para a colheita, 3.190 árvores de 25 espécies comerciais, perfazendo um volume de 24.020 m³. Destas, foram extraídas 3.079 árvores, das quais 1.227 (39,8%) eram árvores que substituíram as que foram encontradas ocas. Durante a derrubada, 1.175 árvores (36,4%) estavam ocas. De um modo geral, foram verificados 53,5% de árvores ocas na UPA, representando, aproximadamente, duas árvores ocas por hectare manejado. Os resultados revelaram que, apesar desse número muito expressivo de árvores com esse defeito, o rendimento volumétrico (80,7%) da colheita não foi afetado de maneira significativa, devido à possibilidade de substituir as árvores ocas por outras sãs, por ocasião da derrubada. Como mais da metade das árvores selecionadas para o corte estavam ocas, a substituição garante a viabilidade econômica da exploração atual de projetos de manejo florestal.
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