Neste ensaio analisou-se as bases fundamentais das Teorias da Urbanização através da ótica da Biotecnologia Ambiental, para que esta possa contribuir no desenvolvimento de projetos urbanos que auxiliem na manutenção da vida. Nele, buscou-se compreender como, ao longo dos anos, as dinâmicas urbanas incidiram na qualidade de vida e no bem-estar da população e do ambiente. Comparativamente, investigou-se como estruturas de poder e de dominação determinaram processos de risco e vulnerabilidade socioambientais, determinando quadros de injustiça ambiental que se replicam desde as cidades industriais do Século XIX até às estruturas urbanísticas da atualidade. Para além, tentou-se estabelecer um paralelo entre a circulação do capital nas cidades e a produção destes espaços para atender um grupo seleto de habitantes dos centros e das periferias. A análise permitiu a identificação de diferentes fatores nos fundamentos das Teorias da Urbanização que se articulam com o bem-estar e a qualidade de vida da população e do ambiente. Ao longo da discussão foram pormenorizados os aspectos relevantes sobre o capital, a estrutura urbana, o processo de gentrificação, os centros e centralidades, trazendo exemplos ilustrativos sobre a periodicidade dos eventos urbanísticos e seus respectivos impactos na produção do espaço urbano e na vida humana e ambiental. Diante disso, inferiu-se que a complementariedade entre as ciências é essencial para compreender a complexidade da urbanização e para atender o desafio do planejamento urbano.
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