Os rios sempre fizeram parte da vida da humanidade. Porém, se tornaram exemplos de ambientes degradados por conta das intervenções antrópicas as quais modificaram sua morfologia para atender as novas exigências do crescimento das cidades. Nesse sentido, o estudo buscou avaliar as obras de canalização executadas nos canais urbanos da bacia hidrográfica do Sangradouro e os impactos associados, em Cáceres – Mato Grosso. As obras executadas foram identificadas a partir do trabalho de campo e através de fontes históricas, com base nos registros disponibilizados pelo Museu Histórico de Cáceres e do Nudheo/UNEMAT, também foi realizado um mapa temático com as características da bacia dos anos de 1975 e 2017, para verificar as mudanças na área de drenagem da bacia. Portanto, as principais obras de canalização identificadas, foram: alargamento e aprofundamento da calha fluvial, bem como o realinhamento e abertura de novos canais. O mapa de mudanças na área da bacia, dos anos de 1975 e 2017, mostrou uma mudança significativa na área de drenagem. Essas associadas ao aterramento de áreas para as edificações e na execução dos arruamentos. Esses condicionantes levaram ao assoreamento do leito e potencializaram as inundações, os impactos negativos são agravados pelo lançamento de efluentes residencial-industriais e de lixos. Portanto, é necessária maior atenção dos gestores à execução de obras e/ou medidas que tenham como objetivo a sustentabilidade desses ambientes.
O crescimento das cidades ocorreu de maneira dispersa e na maioria das vezes sem se preocupar com a sustentabilidade do meio biofísico, especialmente quando referente ao ambiente urbano. Logo, associado ao processo de urbanização, gerou novos arranjos espaciais e diversos problemas socioambientais. Nesse sentido, o estudo teve como objetivo de evidenciar o processo de urbanização e a interferência na rede de drenagem na bacia hidrográfica do córrego Sangradouro, na cidade de Cáceres, Mato. E para a realização desde estudo, foi necessário 2 (duas) etapas: o trabalho de gabinete, que auxiliou o planejamento da pesquisa, a redação do trabalho, a pesquisa bibliográfica e a elaboração de mapas; e o trabalho de campo, para o reconhecimento da área de estudo e para o conhecimento dos tipos de uso. Cáceres é exemplo de cidade que se estabeleceu próximo a rios, porém, durante sua formação espacial não houve preocupação com a sustentabilidade dos canais urbanos. A urbanização foi acompanhada da deficiência na habitação e no sistema de esgotamento sanitário, os arruamentos geraram nos padrões de drenagem e as obras de canalização promoveram diversos problemas socioambientais. Portanto, estudos que vivenciem esses problemas contribuíram para melhor gestão da drenagem urbana e a sustentabilidade dos canais.
Os maiores desafios da sociedade moderna é a convivência com fenômenos climáticos tais como as chuvas extremas e de forma particular as enchentes urbanas. Desta forma, as análises das variabilidades e dos regimes pluviométricos são importantes, pois devido as mudanças climáticas existem prognósticos que preveem mudanças nos regimes climáticos, tais como prolongamento do período seco e maiores concentrações de chuvas torrenciais em períodos cada vez mais curto de tempo. Portanto a pesquisa buscou identificar os totais pluviométricos que determinam os eventos de precipitação extrema, evidenciando sua relação com as enchentes urbanas em Cáceres, Mato Grosso entre os anos de 1995 a 2010. A metodologia consistiu na análise dos registros de chuvas da Estação Meteorológica de Cáceres do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT - Cáceres), relacionadas com o desenho urbanístico de Cáceres através da análise documental como Plano Diretor Municipal e Plano de Saneamento Municipal. A partir da análise dos níveis pluviométricos entre os anos de 1995 a 2010, definiu-se que 80 mm em 24hs são os valores que determinam as enchentes, porém as mesmas são agravadas pelos efeitos das obras estruturais realizada nos canais e nos bairros. Os cálculos demonstraram uma probabilidade de ocorrência de 0,8 no ano e um tempo de ocorrência de 1,25 anos, ou seja, grandes possibilidades de uma chuva com essa intensidade todo ano. Estes dados corroboram com os registros existentes, pois no período analisado há informações de chuvas a partir de 80 mm quase todos os anos exceto nos anos de 2002 e 2004, ainda foram registradas duas chuvas de 90,00 mm no ano de 2006.
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