A perda e a fragmentação de habitats constituem uma das principais ameaças a conservação da biodiversidade e aos serviços ambientais prestados. Por intermédio das métricas de Paisagem, as mudanças nos padrões da mancha de remanescentes vegetacionais podem ser mensuradas e monitoradas. A presente pesquisa objetivou realizar o Diagnóstico da Vegetação Remanescente de Mata Atlântica e Ecossistemas Associados em Espaços Urbanos de João Pessoa-Paraíba. Para tal, foram obtidas imagens de satélite RapidEye, adquiridas no GeoCatalógo do Ministério do Meio Ambiente, correspondente ao ano de 2015, dando suporte a elaboração e edição de dados vetoriais. Posteriormente, foi efetuado o cálculo das métricas de paisagem na extensão V-LATE (Vector Based Landscape Analysis Tools Extension), versão gratuita para estudo. Feito isto, foram elaborados mapas temáticos de Borda e o de Índice médio de forma, gerando assim o diagnóstico ambiental da vegetação. A vegetação remanescente de mata atlântica apresenta-se fragmentada em 48 manchas, com área reduzida e uma alta densidade de bordas. O índice médio de forma foi equivalente a 2,698, evidenciando que as manchas apresentaram formatos mais lineares, muitas vezes, não contendo areas-núcleo no interior dos fragmentos. Conclui-se que a vegetação remanescente de mata atlântica em João Pessoa apresentam forma e estrutura que suscitam preocupante grau de fragilidade ambiental, fazendo-se necessária a ampliação das fiscalizações na área, bem a implementação de medidas de recuperação e preservação ambiental.
A fragmentação florestal e a perda de habitat provocam mudanças na estrutura da paisagem e alterações no padrão de atividades das espécies. A presente pesquisa teve o objetivo de determinar os parâmetros estruturais e funcionais das classes de paisagem utilizadas pelo macaco-prego-galego, Sapajus flavius. As classes de paisagem floresta, plantações de cana-de-açúcar e pomares foram digitalizadas em tela no software Qgis (versão 2.18.0), utilizando a imagem do Google Earth Pro, bem como foram calculadas as distâncias que os indivíduos adentraram nas plantações de cana-de-açúcar. As métricas foram calculadas na extensão V-late do software ArcGis, versão 10.3, e as métricas de conectividade foram calculadas no software Fragstats 4.2. Foram delimitadas as classes de paisagem, registrada a frequência das visitas e monitorados os tipos de usos (alimentação, deslocamento e coleta de cana-de-açúcar e/ou frutos) pelos indivíduos. A classe floresta mediu aproximadamente 2.657,8 ha, as plantações de cana-de-açúcar 5.s202,9 ha e os pomares, 0,92 ha. A análise das métricas de paisagem evidenciou a fragmentação da classe floresta e a baixa permeabilidade da matriz formada pelas plantações de cana-de-açúcar, pois a distância máxima que os indivíduos adentraram nas plantações foi de 20 metros. A matriz funciona como complementação de hábitat, sendo a classe de paisagem mais visitada. Nas plantações de cana-de-açúcar os indivíduos coletaram a cana; nos pomares coletaram frutos e na floresta consumiram cana-de-açúcar e frutos nativos e exóticos. A matriz, formada por plantações de cana-de-açúcar, não foi utilizada pelos indivíduos no deslocamento para outros fragmentos de floresta. Os dados reforçam a importância da criação de corredores de vegetação nativa, aumentando a conectividade da paisagem, permitindo o deslocamento dos indivíduos e contribuindo para conservação da espécie.
O uso da bacia hidrográfica enquanto unidade de análise aliada ao estudo ecodinâmico permite identificar as vulnerabilidades e interações dos componentes ambientais de forma sistêmica. A teoria da ecodinâmica baseia-se na dinâmica dos ecótopos e procura estabelecer uma relação entre as atividades socioeconômicas e os processos morfogenéticos e pedogenéticos atuantes definindo os meios estáveis, intermediários e instáveis. A sub-bacia hidrográfica dos rios Velho e Açu inserida parcialmente na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape (APA-BRM), litoral norte do estado da Paraíba sofre com constantes alterações nos ambientes naturais decorrentes do uso e ocupação desordenada da terra. Assim, o objetivo da pesquisa é determinar a vulnerabilidade ambiental da sub-bacia dos rios Velho e Açu. A pesquisa foi dividida em três etapas: diagnóstico ambiental de todos os componentes (geologia, geomorfologia, pedologia, pluviosidade e uso e cobertura da terra); diagnóstico econdinâmico para determinar a vulnerabilidade de cada componente, avaliando a estabilidade do ambiente de acordo com a relação pedogênese/morfogênese; e, a análise integrada para identificar o grau de estabilidade e instabilidade da sub-bacia. Os resultados indicam que o plantio da cana-de-açúcar ocupa 60% da sub-bacia. A vulnerabilidade ambiental indica que 80% da sub-bacia é caracterizando como de Média Estabilidade e, 12% com moderada instabilidade. Conclui-se que na sub-bacia existe a interferência concorrente dos processos morfogenéticos e pedogenéticos e que a continuidade do uso inadequado da terra, sem nenhum manejo, pode desequilibrar essa relação.
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