As práticas parentais são estratégias nas quais os pais utilizam para atingir objetivos específicos e o estilo parental é o conjunto dessas práticas, sendo assim o padrão global dessas características presente na relação dos pais com os filhos, elas podem se diferenciar de quatro maneiras, sendo autoritativo, autoritário, negligente e indulgente. Sabendo da importância que a relação familiar tem sobre a vida da criança e que é na família o principal contexto de desenvolvimento o presente estudo teve como objetivo identificar o estilo parental predominante e suas repercussões em diferentes configurações familiares, na perspectiva dos genitores e das crianças que foram ou estavam sendo atendidas em uma clínica escola de psicologia. A coleta de dados foi realizada através por meio da análise de 40 prontuários de crianças que realizaram ou que ainda estavam realizando atendimento psicológico na Clínica Escola de Psicologia do UniCEUB / CENFOR. Os prontuários analisados correspondiam a 74 participantes, sendo 26 mães, nove pais e 39 crianças de configurações familiares: tradicional, separado e outros (que engloba as configurações: recasados, extensa e adotiva). A pesquisa realizada é de cunho quantitativa e foi realizada análise do Inventário de Estilos Parentais (IEP), identificando assim, o estilo parental e as práticas educativas parentais: (a) estilo parental ótimo, (b) estilo parental regular acima da média, (c) estilo parental regular abaixo da média e (d) estilo parental de risco. Os resultados mostraram que entre as diferentes configurações familiares, o estilo parental predominante foi de risco. Enquanto que nas práticas parentais os estilos pró sociais obtiveram bons resultados, porém a as práticas antissociais (prática negativa) apresentaram índices preocupantes, e assim sobrepondo os índices das práticas positivas. Entre os estilos identificados nas autoavaliações e nas avaliações das crianças referentes aos seus genitores, foram identificados o estilo parental de risco na autoavaliação da mãe, na avaliação da criança referente à mãe e ao pai, enquanto que na autoavaliação do pai o estilo predominante foi o regular abaixo da média. Portanto, diante dos dados obtidos foi possível identificar uma alta presença de práticas coercitivas, as quais promovem uma modificação no comportamento da criança, imediata, mediante uma relação de poder autoritário
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