Resumo: A pitaia vermelha é uma cactácea semi-epífita, cujo cultivo vem despertando grande interesse nos últimos anos em função da crescente demanda pelos seus frutos, caracterizados pela aparência exótica e pelos preços expressivos que adquirem no mercado. Contudo, ainda são escassos estudos e informações sobre essa cultura, principalmente nas condições edafoclimáticas brasileiras. Atualmente, no Brasil, há áreas de cultivo comercial de pitaia vermelha, embasadas em informações adaptadas de países como Colômbia, Israel, México e Vietnã, pioneiros e com maior experiência no cultivo dessa frutífera. As informações geradas no estado de São Paulo são, também, utilizadas para outras regiões produtoras do Brasil, porém, são insipientes e insuficientes para que se atinjam as máximas produtividades potenciais. Informações básicas referentes à propagação vegetativa, sombreamento e nutrição mineral não foram definidos cientificamente e constituemse em limitações ao desenvolvimento e produção da cultura no País, particularmente na região Nordeste. Desse modo, objetivou-se fazer uma breve apresentação da cultura da pitaia vermelha e reunir os resultados científicos relevantes, de modo que possam contribuir para potencializar a exploração dessa cultura no Brasil. Os estudos realizados com Hylocereus sp. no estado do Ceará e demais regiões produtoras do Brasil apontam excelente adaptação dessa espécie às condições edafoclimáticas brasileiras e denotam o seu elevado potencial produtivo. Algumas características, como o fácil enraizamento de estacas, aclimatação ao cultivo sob pleno sol, resposta positiva à adubação mineral e precocidade de produção, tornam a Hylocereus sp. uma opção potencial para diversificação da fruticultura irrigada no Brasil. Palavras-chave:Hylocereus sp. Cactaceae. Frutífera exótica. Nutrição de plantas. Produção. Abstract:The red pitahaya is a semi-epiphytic cactaceous plant, whose cultivation has attracted great interest in recent years as a result of the growing demand for the fruit, characterised by an exotic appearance and the significant price acquired in the market. However, studies and information on this crop are still rare, especially for the conditions of soil and climate found in Brazil. Currently there are areas in Brazil for the commercial cultivation of red pitahaya, which are based on information adapted from such countries as Colombia, Israel, Mexico and Vietnam, pioneers with greater experience in the cultivation of this fruit. Information generated in the state of São Paulo is also used for other producing regions of Brazil; however it is basic and insufficient for achieving maximum potential productivity. Basic information regarding vegetative propagation, shading and mineral nutrition has not been scientifically defined, and acts as a limitation to crop development and production in the country, particularly in the Northeast. The aim therefore, was to make a brief presentation of the red pitahaya crop and gather relevant scientific results, so that they can contribute to improve expl...
4RESUMO -Embora tenha ocorrido uma grande expansão do cultivo de pitaia tanto no Brasil como em outros países, a cultura necessita de informações científicas que subsidiem a definição de sistemas de produção, mais adequados às condições edafoclimáticas brasileiras. Diante disso, o presente trabalho visou avaliar o efeito da aplicação do ácido indolbutírico (AIB) e comprimento de estacas no enraizamento de pitaia. O experimento foi conduzido em condições de casa de vegetação. Foram testadas quatro doses de AIB (0; 1.500; 3.000 e 4.500 mg dm -3 de AIB) e dois tamanhos de estacas: pequena (5 a 14 cm) e grande (17 a 26 cm), sendo que os níveis de ambos os fatores foram arranjados em esquema fatorial 4 x 2, com quatro blocos ao acaso. Aos 85 dias da instalação do experimento fez-se a análise fenológica das plantas e a coleta dos cladódios laterais. Avaliaram-se as seguintes características fenológicas: comprimento da maior raiz (CR), massa seca das raízes (MSR), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca total (MST), número de cladódios laterais emitidos (NEL), somatório do comprimento dos cladódios (SCC) e razão parte aérea-raiz (RPAR). Ao término do estudo constatou-se que o tamanho das estacas e a aplicação de AIB afetam o enraizamento de pitaia. As plantas propagadas por estacas de tamanho grande (17 a 26 cm), tratadas com 3.000 mg dm -3 de AIB apresentam o melhor enraizamento. Palavras-chave:Pitaia. Plantas-efeito ácido indolbutírico. Plantas-reguladores.ABSTRACT -Although there has been great expansion in the cultivation of pitaya both in Brazil and in other countries, scientific information is needed to help define production systems which are more suited to edaphoclimatic conditions in Brazil. This study therefore aimed to evaluate the effect of the application of indolebutyric acid (IBA) and of the length of cuttings on rooting in the pitaya. The experiment was conducted under greenhouse conditions. Four dosages of IBA were tested (0, 1500, 3000 and 4500 mg dm -3 IBA) and two sizes of cutting: small (5 to 14 cm) and large (17 to 26 cm); levels of both factors being arranged in a 4 x 2 factorial design in four randomised blocks. Eighty-five days after the experiment was set up, a phenological analysis of the plants was carried out, and the lateral cladodes collected. The following phenological characteristics were evaluated: length of the longest root (CR), root dry weight (MSR), shoot fresh weight (MFPA), shoot dry weight (SDM), total dry weight (TDM), number of lateral cladodes issued (NEL), sum of the length of cladodes (SCC) and shoot to root ratio (SRR). At the end of the study it was found that the size of cuttings and the application of IBA affect rooting in the pitaya. Plants propagated from large cuttings (17-26 cm) and treated with 3.000 mg dm -3 IBA show the best rooting.
Hylocereus sp AIB Cactaceae Cladódios Estiolamento KEYWORDS Hylocereus sp IBA Cactaceae Cladodes Banding RESUMO: Apesar de ser considerada uma cultura com grande potencial para a diversificação da fruticultura brasileira, ainda existem diversos aspectos pouco elucidados sobre o manejo de pitaia vermelha, particularmente na propagação vegetativa. Diante disso, objetivou-se avaliar o efeito de enraizadores e tipos de estacas no enraizamento de pitaia vermelha. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, onde testaram-se enraizadores [ausência, dose recomendada de AIB (ácido indolbutírico) (3.000 mg L-1) e gel enraizador comercial] e tipos de estaca-estiolada, padrão e vigorosa. Os níveis de ambos os fatores foram arranjados em esquema fatorial 3 × 3, com quatro blocos ao acaso e duas plantas úteis por parcela. Aos 90 dias, avaliou-se: sobrevivência e enraizamento de estacas, comprimento da maior raiz (CR), largura radicular (LR), massa fresca das raízes (MFR), massa seca das raízes (MSR), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca total (MST), número de emissões laterais (NEL), somatório do comprimento de emissões laterais (SCEL) e relação parte aérea raiz (RPAR). Concluiu-se que o uso de enraizadores e os tipos de estacas afetam o enraizamento de pitaia vermelha. As estacas vigorosas dispensam o uso de enraizadores e são as mais recomendadas para o sistema de produção de mudas de pitaia vermelha. Na escassez de estacas vigorosas, é conveniente a aplicação de gel enraizador para melhorar o enraizamento de mudas propagadas por estacas padrão ou estioladas.
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