Este estudo objetivou verificar a influência do trabalho, apoio familiar e das atividades de lazer na qualidade de vida (QV) de idosos. A amostra foi composta por 169 idosos residentes no município de Sacramento-MG com idade ≥ a 60 anos. Foram utilizados os instrumentos WHOQOL-Bref e WHOQOL-Old para avaliação da QV. Informações acerca do trabalho, apoio familiar e lazer foram coletadas por meio de questionários semiestruturados. Os dados foram analisados pelos testes t de Student e Mann Whitney, considerando-se p<0,05. As atividades de lazer correlacionaram-se com domínios “físico”, “psicológico” e “global” do WHOQOL-Bref e, com “funcionamento dos sentidos”, “autonomia”, “participação social” e com escore global do WHOQOL-Old. Os aposentados que ainda trabalham tiveram escore do domínio “físico” e na faceta “morte e morrer” significativamente mais altos em relação aos idosos que não trabalham mais. O apoio social configurou como importante estratégia para o enfrentamento das adversidades cotidianas, sendo que o convívio familiar mostrou ser um fator com efeito significativo sobre os escores médios de QV em quase todos os domínios dos instrumentos. O bom convívio familiar, o trabalho remunerado e a participação em atividades de lazer podem ser considerados fatores de proteção para QV dos idosos entrevistados.
A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica degenerativa e crônica com ampla gama de sinais e sintomas que podem comprometer a qualidade de vida (QV) e o desempenho ocupacional (DO) dos indivíduos que a exibem. Objetivo: Resumiu-se em avaliar a existência de possível correlaçao entre DO e QV em populaçao com essa doença. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal e quantitativa cujos indivíduos frequentavam o ambulatório de neurologia do hospital de clínicas de uma universidade federal no estado de Minas Gerais. O DO e a QV dos indivíduos foram obtidos através da versao em português dos instrumentos Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) e Escala de Determinaçao Funcional da Qualidade de Vida (DEFU), respectivamente. A análise dos dados foi realizada por meio do Coeficiente de Correlaçao de Pearson. Resultados: A amostra envolveu 24 sujeitos, sendo 66,7% do sexo feminino com idade média de 48,3 anos (DP = 10,21). O tipo remitente recorrente (RR) de EM foi o mais observado (91,7%). Os resultados da COPM revelaram que a maior parte dos participantes apresentou desempenho variando de moderado a ruim, tendo sido enumeradas as atividades "andar na rua, subir e descer escadas, ir à casa de familiares e amigos, dançar e ler" como mais difíceis de serem realizadas. Mais de 75% dos indivíduos obtiveram escores abaixo de 6,7 pontos. A DEFU indicou que a QV dos participantes se configurou como boa, tendo 90% dos indivíduos alcançando escore acima de 72 pontos. A associaçao entre o escore da DEFU e seus domínios com os escores de desempenho e satisfaçao da COPM nao apresentou correlaçao estatisticamente significante. A correlaçao entre a "mobilidade" da DEFU apresentou correlaçao significativa com o escore de desempenho da COPM (r = 0,438, p = 0,032). Conclusao: A fadiga é uma das manifestaçoes mais comuns e perturbadoras e pode comprometer o desempenho nas funçoes individuais de forma variada, sendo relatada por 92% dos indivíduos deste estudo. Isto pode ser explicado pelo diminuído número de surtos observados, pela predominância do tipo RR da doença, possível suporte familiar e social. Salienta-se também que alguns participantes da pesquisa mencionaram inteirar-se quanto aos aspectos da doença através da internet ou e reunioes em associaçoes, fato que, segundo eles, os levou a se tornar a par do caráter evolutivo e deteriorante da doença. Isto pode tê-los levado a refletir sobre sua situaçao de vida e ter influenciado sua opiniao sobre a qualidade da mesma.
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