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A utilização de argilas de elevada pureza como material cimentício suplementar é geralmente associada a um aumento na demanda de água da mistura e na diminuição de sua trabalhabilidade. Este estudo teve como objetivo avaliar o comportamento no estado fresco de um cimento ternário LC³ produzido com um resíduo do beneficiamento do caulim, em comparação ao caulim, que possui maior pureza. Foram produzidos três cimentos em laboratório, na proporção de 50% de clínquer Portland, 30% de argila calcinada, 15% de calcário e 5% de gipsita, cuja fração correspondente às argilas foi substituída pelo resíduo, o Lodo de Caulim Calcinado (LCC), por Caulim Calcinado (CC) e por um material inerte (pó de quartzo). Os cimentos foram caracterizados em pasta quanto aos tempos de início e fim de pega, demanda de água, espalhamento e propriedades reológicas. Os resultados demonstraram o elevado potencial do LCC como matéria-prima para produção de cimentos LC³, uma vez que os cimentos produzidos com esse material apresentaram menor demanda de água, menor viscosidade plástica e tensão de escoamento, além de uma maior homogeneidade do que o cimento produzido com o CC.