A urolitíase é a segunda enfermidade de maior ocorrência no trato urinário inferior dos felinos. Nos gatos domésticos, verifica-se que a composição dos cálculos é variável conforme a idade, sendo os de oxalato de cálcio mais comuns em animais entre sete e nove anos e os de estruvita em animais jovens. Diversos fatores predispõem o desenvolvimento da enfermidade, tais como genética, dieta, ingestão hídrica e alteração do pH urinário. Existem diagnósticos diferenciais na espécie para a doença e o médico veterinário deve estar atento ao histórico, sinais clínicos e exames complementares para que o diagnóstico correto seja feito. Fatores como a localização e o tamanho do cálculo mostram-se de extrema importância para a escolha do tratamento.
As neoplasias hepatobiliares em cães e gatos são incomuns e representam cerca de 2,6% a 5,5% de todos os tumores em cães, enquanto que os tumores vaginais correspondem de 2,4 a 4,6% de toda a rotina oncológica no trato reprodutor feminino. Devido as alterações clínicas serem inespecíficas, o diagnóstico definitivo de Carcinoma Hepatocelular (CHC) requer avaliação dos exames complementares, biópsia hepática e avaliação histopatológica. O diagnóstico de leiomiossarcoma vaginal deve ser baseado no histórico e sinais clínicos, associando ao resultado da palpação vaginal, exame citológico e anatomopatológico. Ambas as enfermidades apresentam resultados favoráveis a reservados dependendo da morfologia tumoral, quando associados com a ressecção cirúrgica e não havendo presença metástases. No presente relato a paciente apresentou uma neoformação hepática identificada no ultrassom abdominal e uma recidiva de tumor vaginal. Assim, o objetivo do presente trabalho é relatar um caso de exérese de carcinoma hepatocelular e leiomiossarcoma vaginal em uma cadela atendida no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal de Pelotas.
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