TEMA: a experiência da maternidade e dialogia mãe-filho com distúrbio de linguagem. PROCEDIMENTOS: o objetivo de investigar as possíveis relações entre a constituição da experiência da maternidade e a dialogia mãe-filho com distúrbio de linguagem. A amostra desta pesquisa foi constituída por 4 crianças, entre 2 e 4 anos, com distúrbio de linguagem, e suas mães. As mães foram submetidas a uma entrevista semi-estruturada acerca da experiência materna e a possibilidade de a mesma ter passado por alterações emocionais tais como a depressão e/ou ansiedade. Coletou-se uma interação mãe-filho, e em um caso avó-neta, através da filmagem da díade em atividade lúdica para analisar o modo como a dialogia e a interação aconteciam na díade. RESULTADOS: demonstraram que as quatro crianças estiveram sujeitas a interações com mães e avó com índices de ansiedade (dois casos) e depressão (dois casos). Apenas uma mãe não possuía tais índices e esta possuía dialogia adequada com a filha. CONCLUSÃO: os dados demonstraram relações entre a dialogia mãe-filho e a experiência materna. Houve distinções na dialogia e no brincar relacionados aos estados emocionais das mães e, em um caso, da avó.
RESUMOO objetivo do presente estudo foi analisar o papel das variáveis linguísticas na ocorrência dos processos de substituição na fala de sujeitos com dispraxia verbal (DV). Para isso, foi realizada a análise fonológica de sete sujeitos com idades entre 2:6 (anos:meses) e 4:2, com hipótese diagnóstica de DV. As ocorrências dos processos de substituições usuais e idiossincráticas, de assimilações e de variabilidade articulatória foram analisadas estatisticamente por meio do pacote computacional VARBRUL. A variável extensão da palavra foi estatisticamente significante para a ocorrência de assimilações e substituições não usuais, indicando que as variantes trissilábicas e polissilábicas foram as maiores favorecedoras de ocorrência desses processos. A tonicidade foi estatisticamente significante para a ocorrência da variabilidade articulatória e substituições usuais, sendo que o processo apresentou maior probabilidade de ocorrência em sílaba tônica e pós-tônica (sílabas dentro do pé métrico do acento), respectivamente. A classe de sons foi significativa para a realização de substituições usuais pelos sujeitos estudados, ocorrendo quando os segmentos são fonemas líquidos e fricativos.Por fim, a estrutura silábica foi estatisticamente significante para as substituições idiossincráticas. As posições de coda final e de onset simples medial foram as mais suscetíveis à ocorrência do processo. Os dados desta pesquisa sugerem que as substituições, de uma forma geral, tendem a ocorrer em palavras com mais de duas sílabas, em alvos líquidos e fricativos, dentro do pé-métrico do acento (em tônica e pós-tônica), em posição de onset simples medial e coda final. Descritores: Apraxias/diagnóstico; Distúrbios da fala; Medida da produção da fala; Fonética; Linguagem infantil; Relatos de casos Rechia IC, Souza APR, Mezzomo CL, Moro MP Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2009;14(3):547-52
TEMA: entrevistas continuadas com mães e pais de sujeitos com espectro autístico no processo terapêutico em Fonoaudiologia. PROCEDIMENTOS: as entrevistas com os pais dos sujeitos foram feitas quinzenalmente por 24 meses consecutivos e o conteúdo foi anotado logo após sua realização, para análise posterior. Os dados foram analisados considerando o contexto global de cada caso. RESULTADOS: o espaço aberto pelas entrevistas continuadas foi fundamental para que os pais debatessem suas dúvidas sobre as limitações dos filhos e para que refletissem sobre aspectos como o brincar, a comunicação e o estabelecimento de limites com os filhos. Ou seja, os pais puderam refletir sobre o próprio exercício da função parental. Esse processo foi mais intenso no grupo de mães do que no de pais. Como efeito houve melhora dialógica e do brincar entre os pais e seus filhos. CONCLUSÃO: a entrevista continuada apresentou-se como aspecto fundamental do processo terapêutico realizado sob a perspectiva teórica que inclui a psicanálise e a concepção interacionista de aquisição da linguagem.
TEMA: Linguagem no Autismo. OBJETIVOS: analisar, comparativamente, dados de linguagem obtidos por meio de dois protocolos, um da interação mãe-criança e outro de atos comunicativos da criança entre si e com a análise dialógica da díade mãe-filho. Outro objetivo foi discutir as implicações de tais análises para o planejamento terapêutico. MÉTODO: a amostra constou de três sujeitos na faixa etária de 2 anos e 1 mês a 4 anos e 6 meses, com diagnóstico de distúrbio de linguagem secundário ao espectro autístico. A coleta foi realizada por meio da filmagem de sessões de interação lúdica, de 30 minutos, dos sujeitos com suas mães. Os procedimentos de análise foram: a transcrição das filmagens, conferência das mesmas, aplicação de dois protocolos, um de análise da interação mãe-filho e outro de comportamentos comunicativos da criança, e uma análise qualitativa da atividade dialógica da díade. RESULTADOS: Os resultados do protocolo de interação mãe-filho demonstraram freqüência similar de categorias dos comportamentos das três mães, com elevado número de perguntas e de diretividade intrusiva. No mesmo protocolo, as crianças demonstraram brincar exploratório e funcional, estereotipias verbais e não verbais, fato também observado no protocolo de pragmática. O protocolo de interação permite observar melhor que os comportamentos infantis e maternos possuem relações, mas apenas a análise qualitativa possibilita identificar a natureza dialética de tais relações. CONCLUSÃO: O protocolo que analisa a interação provê informações fundamentais ao planejamento terapêutico, adicionais ao protocolo de foco exclusivo no conhecimento pragmático do sujeito. Aquele protocolo, em conjunto com a análise qualitativa, permite uma seleção mais qualificada das estratégias de intervenção em cada caso.
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