Objetivo: avaliar a qualidade e segurança individual e coletiva no uso de insulina pela população idosa em um município de grande porte do sul do Brasil. Método: estudo transversal de base populacional realizado em 2016-2017 com idosos de 68 anos ou mais. As entrevistas foram realizadas nos domicílios dos idosos. O desfecho foi medido pela forma de utilização e descarte das seringas e agulhas. Realizou-se análise descritiva mediante cálculo das proporções e projeções dos dados para os idosos do município. Resultados: foram entrevistados 735 idosos. A prevalência de diabetes foi de 20,0%, e 13,8% faziam uso de insulina injetável. A reutilização das seringas e agulhas foi relatada por 55,0% e 65,0% referiram descartar o material direto no lixo comum. Conclusões: a qualidade e a segurança dos idosos em insulinoterapia estão comprometidas, sendo necessário implementar estratégias de educação em saúde que visem melhorar o conhecimento e acesso as orientações adequadas.
Durante o envelhecimento a convivência com animais de estimação pode ajudar a pessoa idosa a atravessar situações difíceis, tornando os animais de estimação um suporte social. O objetivo do estudo foi conhecer a prevalência de idosos em convívio com animais de estimação e sua associação com características sociodemograficas e de saúde. Estudo transversal de base populacional. A coleta de dados ocorreu por meio de inquérito domiciliar com idosos de 60 anos ou mais, residentes na área urbana do município de Bagé, RS, no ano de 2008. A variável dependente foi convivência com animais de estimação e as independentes incluíram características sociodemograficas e de saúde. Foram realizadas análises descritivas e bivariadas, para verificar as associações foi utilizado o teste de exato de Fisher para heterogeneidade. O nível de significância estatístico utilizado foi de 5% para testes bicaudais. Todas análises foram realizadas no programa Stata versão 14.0. A amostra foi de 1.593 idosos. A prevalência geral de convívio com animais de estimação foi de (69,0%; IC 95%: 66,6; 71,2). As variáveis associadas com o desfecho foram: sexo masculino (72%), menor faixa etária (60 a 74 anos - 72,9%), viver com companheiro (72,9%), não morar sozinho, não receber aposentadoria (72,9%) e não ter referido queda no último ano (70,7%). Encontrou-se uma elevada prevalência de idosos em convívio com animais de estimação, contudo mais estudos são necessários para melhor compreender como a convivência com os animais se reflete em melhorias de saúde para a população idosa.
Objetivo: investigar o conhecimento sobre Sistema Único de Saúde e Direito à Saúde no modelo tradicional e na Saúde da Família, em uma coorte de idosos do município de Bagé, Rio Grande do Sul. Método: estudo transversal, realizado com idosos residentes na área de abrangência dos serviços de atenção básica à saúde na área urbana de Bagé. Nas análises foi realizado o teste estatístico exato de Fisher. Resultados: na afirmação sobre a garantia constitucional ao acesso à saúde, 46,8% dos idosos de áreas do modelo tradicional e 23,8% dos idosos residentes em áreas de atenção da ESF estavam totalmente de acordo. Acesso aos serviços de saúde foi verificado na afirmação “o Sistema Único de Saúde deve atender todas as pessoas”, 24,5% dos idosos da área tradicional concordaram totalmente e na área da ESF 17,6% concordaram totalmente. Foi observado ainda um padrão de idosos que não souberam opinar, sendo um número expressivo na área ESF. Considerações finais: a análise do conhecimento dos idosos sobre o SUS pode contribuir para a implementação de ações educativas, de modo a fortalecer à saúde como direito fundamental.
Objetivo: este estudo objetivou verificar a prevalência de vacinação da influenza e investigar os motivos da não vacinação na população idosa. Método: estudo de coorte “Saúde do Idoso Gaúcho de Bagé, RS, realizada em Bagé em 2008 e 2016/2017. A variável dependente foi obtida através da pergunta: “Neste ano o(a) Sr.(a) fez a vacina contra a gripe? Sim/não”. Em caso de resposta negativa o idoso era questionado sobre a razão de não ter se vacinado. Realizou-se análise descritiva, prevalência de vacinação e cálculo de Razão de prevalência no programa Stata 14.0. Resultados: a prevalência de vacinação contra Influenza no ano de 2008 foi de 58,8% e em 2016/2017 de 80,8%. O motivo mais frequente referido pelos idosos para a não realização da vacina em 2008 foram: “não quis” (29%) e em 2016/2017 “ter medo” (26,7%). Conclusão: apesar da prevalência de vacinação ter aumentado, evidencia-se que os idosos continuam com dúvidas e receios acerca da vacina, sendo necessário repensar novas estratégias em conjunto com as Equipes de Saúde da Família.
Objetivo: Avaliar o cuidado prestado pelos profissionais de saúde aos idosos com diagnóstico médico de diabetes mellitus nos serviços de atenção primária no município de Bagé, Rio Grande do Sul. Método: Estudo transversal de base populacional, realizado na zona urbana do município de Bagé, Rio Grande do Sul, com pessoas de 68 anos ou mais pertencentes à coorte SIGa-Bagé em2016/17. O desfecho “cuidado adequado” foi investigado considerando as questões relacionadas aos exames laboratoriais e físicos, realizados no ano anterior à entrevista e do recebimento de orientação sobre a diminuição do consumo de açúcar. A análise descritiva verificou a distribuição proporcional do desfecho e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Foram entrevistados 735 idosos. O exame autorreferido mais prevalente foi a glicemia de jejum (93,2%; IC95%: 89,1; 97,3) e o exame do pé diabético (14,5%; IC95%: 8,7; 20,3) foi o com menor realização. Quanto ao cuidado adequado apenas 1,4% (IC95%: -0,1; 3,3) dos idosos tiveram todos os seis indicadores realizados/avaliados. Conclusão: A prevalência de cuidado adequado para diabetes se mostrou aquém do esperado e mostra a fragilidade dos serviços de saúde na atenção. O cuidado deve ser integral, longitudinal e coordenado pela atenção primária. É importante a gestão correta da condição crônica baseada em um plano terapêutico singular e a necessidade de acompanhamento laboratorial e orientações em saúde com foco no indivíduo, família e comunidade.
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