Introdução Alterações de equilíbrio durante atividades funcionais tem sido observadas em pacientes com migrânea. A literatura sugere que as alterações de equilíbrio estático estão relacionadas com alterações vestibulares, presença de aura e migrânea crônica, porém não se sabe ainda se estes ou outros fatores estão associados à alterações no desempenho funcional dos migranosos. Objetivos Investigar a relação entre a mobilidade funcional e as características clínicas da migrânea, presença de sintomas vestibulares, diagnóstico de migrânea vestibular, ocorrência de quedas, medo de quedas e cinesiofobia. Métodos Participaram deste estudo transversal 79 mulheres com idade entre 18 a 55 anos, com diagnóstico de migrânea. As voluntárias responderam aos questionários Escala internacional de eficácia de quedas, Escala tampa de cinesiofobia e Dizziness Handicap Inventory, que avaliaram o medo de quedas, a cinesiofobia e a incapacidade relacionada aos sintomas vestibulares, respectivamente. A avaliação da mobilidade foi avaliada pelo teste Timed Up and Go (TUG). O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE 04683218.3.0000.5440). Resultados A correlação entre as variáveis foi verificada com o Coeficiente de Correlação de Pearson, e modelos de regressão linear múltipla foram aplicados para verificar quais variáveis estavam associadas com a performance no TUG (p<0.05). A mobilidade funcional apresentou correlação fraca e positiva com o medo de quedas (r=0.37, p=0.001) e cinesiofobia (r=0.38, p=0.001). As demais variáveis não apresentaram correlação significativa com o TUG (p>0.05). A análise de regressão linear revelou que a cinesiofobia e o medo de quedas representam 17% da variabilidade do tempo de realização do teste Timed Up and Go. Conclusão A mobilidade funcional dos pacientes com migrânea está associada a cinesiofobia e ao medo de quedas, e pode ser influenciada em pequena proporção por estes mesmos fatores.
Introdução A migrânea é comumente associada a déficits de equilíbrio, que progridem mais rapidamente do que em indivíduos sem cefaleia. Porém, ainda não está definido se a progressão é mais evidente na presença de aura ou em pacientes com migrânea crônica. Objetivo Analisar as alterações no equilíbrio de pacientes com migrânea com e sem aura, e migrânea crônica, após um ano. Métodos Estudo longitudinal prospectivo, em que foram avaliadas 105 mulheres, sendo 26 voluntárias sem cefaleia (GC;31,8±9.9 anos), 27 com migrânea sem aura (MSA;31,9±8.4 anos), 25 com migrânea com aura (MA;32,6±8.8 anos) e 27 com migrânea crônica (MC;34,0±9.3). A avaliação do equilíbrio foi realizada no equipamento Equitest-NeurocomÒ através do teste de organização sensorial (TOS). Todas as participantes foram reavaliadas após um ano. Aprovação do comitê de ética e pesquisa: CAAE 04683218.3.0000.5440. Resultados A comparação entre as variáveis foi feita em cada um dos grupos com ANOVA medidas repetidas, com o tempo o fator de repetição (p<0,05). As diferenças médias são apresentadas. Após um ano, houve redução da frequência da migrânea nos grupos MA (-2,20; p=0,01) e MC (-10,8; p<0,001) e redução da intensidade da migrânea no grupo MC (-2,26; p=0,001). Não foram observadas diferenças significativas após um ano em nenhum dos grupos no escore de equilíbrio final do TOS (CG 0,03; p=0,95; MsA 1,40; p=0,26, MA 3,04; p=0,38, MC 2,74; p=0,06) e nem nos scores de equilíbrio referentes aos sistemas somatossensorial (CG 0,61; p=0,25, MsA 1,40; p=0,07, MA 2,16; p=0,13, MC 1,14; p=0,28), visual (CG 2,42; p=0,06, MsA 0,37; p=0,89, MA 3,04; p=0,38, MC 3,33; p=0,27) e vestibular (CG -1,15; p=0,46, MsA -0,22; p=0,92, MA -1,12; p=0,80, MC 3,37; p=0,22). Conclusão Os déficits de equilíbrio observados nos subtipos de migrânea não apresentam mudança após o intervalo de um ano. No entanto, foi observada melhora na frequência e intensidade das crises.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.