O objetivo deste trabalho é relatar o papel do psicólogo no programa de implante coclear do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, Bauru, desenvolvido por uma equipe interdisciplinar para a reabilitação de pessoas com deficiência auditiva. O trabalho do psicólogo envolve as seguintes etapas: estudo de caso, preparação pré-cirúrgica, acompanhamento pós-cirúrgico e acompanhamento na reabilitação. Os quatro momentos são permeados pelo contínuo trabalho em relação aos sentimentos do paciente, relação familiar e pela investigação sobre a mudança ocorrida na sua vida e na da família durante o processo.
Este estudo visou investigar as vivências emocionais e mecanismos de defesa de pais de crianças com deficiência auditiva. Foram entrevistados 12 genitores masculinos, de 25 a 38 anos, com escolaridade de primeiro grau incompleto a superior incompleto. Dos entrevistados, sete eram pais de filhos únicos, três, pais pela segunda vez e um pai pela terceira vez da criança com necessidade específica. As respostas foram categorizadas e analisadas com base no referencial psicodinâmico e apresentam vivências de choque, ansiedade e angústia e o uso de mecanismos de defesa frente ao diagnóstico e implicações da deficiência. As defesas constatadas foram analisadas como reações situacionalmente esperadas, podendo favorecer formas mais realistas de enfrentamento posterior. Sugere-se que, assim como mães, pais vivenciam impacto e dificuldades emocionais frente ao diagnóstico de seus filhos. Diferenças de papéis familiares facilitam ao pai um menor envolvimento na educação da criança, devendo-se valorizar a sua importância no processo de reabilitação.
OBJETIVO: avaliar e caracterizar o desempenho escolar de crianças com deficiência auditiva usuárias de implante coclear, entre 9 e 12 anos, assim como, verificar o tempo que a criança leva para acessar a informação fonológica e confrontar estes resultados de acordo com o gênero e série dos participantes. MÉTODO: participaram deste estudo 32 crianças, de ambos os gêneros, freqüentando da primeira a quinta séries do ensino fundamental, regularmente matriculadas no Centro de Pesquisas Audiológicas do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo, na cidade de Bauru/SP. Os instrumentos utilizados foram o Teste de Desempenho Escolar (TDE) e o Teste de Nomeação Automática Rápida (RAN). RESULTADOS: os resultados mostraram que 74% das crianças apresentaram desempenho escolar geral abaixo do esperado, com maior dificuldade na escrita e dentro da média para o tempo que levam ao processar a informação. CONCLUSÕES: concluiu-se que 74% das crianças apresentaram desempenho escolar inferior nas avaliações e que não houve relação entre estes resultados com a nomeação rápida, já que este está dentro da média e é um pré-requisito para a leitura, e os participantes deste estudo apresentam habilidade satisfatória para a leitura.
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