Resumo: O movimento cotidiano dos pastores faz com que entrem em contato com o meio à volta e produzam inscrições culturais nessa paisagem apreendida. Assim, lugares e caminhos passam a ser marcos de prerrogativas espaciais e de memórias. Este artigo tem como objetivo levantar aspectos relacionados às estratégias de mobilidade e relacioná-las à paisagem de um grupo de pastores do vale de Santa María, na porção noroeste da Argentina. A partir de uma abordagem etnoarqueológica, pretende-se compreender como a persistência de vida pastoril contextualiza uma paisagem viva, carregada de significado e de elementos identitários. Busca-se também, a partir da noção de paisagem, trabalhar os conceitos de lugar e de movimento, a fim de demonstrar como o processo de apreensão das paisagens é fluído e constantemente internalizado a partir das classificações particulares dos grupos. Palavras-chave:Pastoreio. Paisagem. Mobilidade. Noroeste argentino. Etnoarqueologia.Abstract: Pastoralists recognize the environment through their everyday movements, a process which produces cultural inscriptions in the landscape and transforms places and paths into landmarks of spatial prerogatives and memories. The objective of this article is to consider some aspects related to the mobility strategies of a pastoralist group in the Santa María Valley of northwest Argentina. Using an ethnoarchaeological approach, we investigate how the persistence of pastoral life constructed a living landscape full of meaning and identity. We have also worked with the concepts of place and movement in order to demonstrate how this process is fluid and constantly internalized by the classification of the people.
A presente tese se centra na compreensão do sistema pastoril em Santa María, Província de Catamarca, Argentina. Os grupos pastoris desta região apresentam mobilidade sazonal em busca de fontes hídricas e pastagens, indicando movimentos que tradicionalmente se distinguem entre os vales e o interior das serras. Especificamente, esta mobilidade que lhes é característica também atua na percepção e apreensão da paisagem. Neste contexto, a paisagem tem um valor ativo nestas práticas e no imaginário das pessoas do lugar. A partir de uma abordagem etnoarqueológica se buscará compreender a maneira como as características específicas do sistema pastoril atuam na relação entre humanos e o meio e na internalização da paisagem, considerando as implicações materiais dessas escolhas e comportamentos.
A mineração do ouro foi uma das mais importantes atividades econômicas durante o período colonial brasileiro. Para além das áreas minerárias tradicionais da América Portuguesa, como Minas Gerais e Goiás, outras regiões menos conhecidas também passaram por ciclos de exploração aurífera, como a atual Região Metropolitana de São Paulo. Visando contribuir com uma discussão já em curso no âmbito da História e Arqueologia, ao longo deste artigo apresentaremos informações referentes a um sítio de mineração colonial caracterizado por engenharia de solo e estruturas de manejo hídrico, identificado em Guarulhos durante uma pesquisa arqueológica preventiva. Provavelmente explorado durante os séculos XVII e XVIII, o sítio Baquirivu-Mirim contribui para uma história da mineração do ouro em São Paulo, atividade de grande importância para assentamentos coloniais na região.
Resumo:A arqueologia da paisagem é um tema que tem sido intensamente estudado nas últimas décadas, considerando diversas perspectivas, inclusive focando na noção própria dos grupos sobre o que é paisagem e como reconhecem os seus elementos. Diante disto, neste artigo busco contribuir para esta discussão apresentando o caso de um grupo de pastores dos vales andinos, os quais apreendem a paisagem a partir da sua própria vivência pautada nos caminhos, trajetos e lugares interconectados a partir da noção de movimento.Abstract:In the last decades, the archaeology of landscape has become a main theme intensely studied. It considers several perspectives, including people’s knowledge and their perception about the landscape and its elements. In thatway, this article seeks to contribute to the discussion about landscape, showing the case of pastoralists of the Andean valleys. The landscape for these people is internalized from their own dwelling based on paths, routes, and places, all connected with the notion of movement.
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