De sua concepção até o momento atual, são muitas as análises a respeito do Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil. Embora ainda em número reduzido, integrantes das unidades de saúde da família, secretários municipais de saúde, prefeitos, elementos do Ministério da Saúde, bem como docentes de universidades e pesquisadores renomados da saúde pública e outras áreas afins, têm se disposto a discutir e a refletir sobre tal estratégia. Dessa forma, tornou-se pertinente fazer uma revisão da literatura sobre o PSF, a qual foi abordada em temas: retrospectiva histórica do período que antecedeu o PSF; seus pressupostos básicos; estratégias de operacionalização: a família como foco de assistência, o princípio da vigilância à saúde, a atuação da equipe multidisciplinar; os diferentes modelos de implantação no Brasil; aspectos facilitadores ou não dessa implantação, bem como as vantagens e desvantagens do PSF no sistema de saúde brasileiro.
A partir de pesquisa qualitativa embasada na triangulação de métodos, objetivou-se avaliar a percepção de gerentes, técnicos e usuários de quatro unidades de saúde da família de Pindamonhangaba (SP), quanto à condução da demanda espontânea, no intuito de averiguar se ela está contemplada no Planejamento Estratégico Situacional. Foram encontradas as seguintes estruturas de análise relacionadas à condução da demanda espontânea: acolhimento, processo de trabalho, registros, prioridades, planos, comunicação e educação permanente. Os momentos explicativo, normativo, estratégico e operacional foram os temas pertinentes ao planejamento estratégico. A análise das falas sugere que o processo de trabalho é fragmentado, hierarquizado e centrado no enfermeiro. As prioridades de atendimento não se dão por meio de critérios técnicos, mas pelo senso comum, o que resulta no descontentamento do usuário e na oferta de assistência de baixa qualidade. Os profissionais envolvidos não promovem processo comunicativo capaz de uniformizar a linguagem, útil na elaboração de um objetivo comum. Não há, portanto, sinergia da equipe para o alcance de melhores formas de se conduzir a demanda espontânea, as quais resultam de um plano mental, da “tentativa e erro” e da experiência cotidiana, em detrimento de um pensamento estratégico. O estudo revela que o atual modelo de gestão deve ser revisto, sob o risco de comprometer o desenvolvimento ’sócio regional, e propõe a implantação de educação permanente para os trabalhadores de saúde do município, com ênfase no planejamento estratégico, na apropriação e reinterpretação das características do território e situações vivenciadas.
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