IntroduçãoÉ inerente no ser humano a capacidade de criar, imitar, reproduzir e se transformar para ser capaz de se comunicar uns com os outros. Embora a língua não seja a única maneira utilizada para a comunicação, ela é parte intrínseca do ser humano e serve para comunicar, seja de maneira oral, gestual ou escrita (CHAMARELLI FILHO, 2008).No sistema educacional brasileiro, encontra-se paradoxos e discrepâncias no que diz respeito ao acesso de pessoas com deficiência, sobretudo a surdez, tanto do ponto de vista estrutural, quanto do ponto de vista metodológico e de ensino-aprendizagem.No Brasil, de acordo com o Censo do IBGE realizado em 2010, 24% da população se declarou com algum grau de dificuldade (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus) ou possuir deficiência mental /intelectual. Sendo desse total, 1,1% se declarou com algum grau de surdez.Um dos primeiros problemas apontados para nortear esta pesquisa está nos obstáculos encontrados no ensino em Libras de disciplinas técnicas, como a Fotografia, para o aluno surdo. Alia-se também a dificuldade do professor em se adequar à linguagem do surdo, e às outras formas de comunicação e alteridades, introduzidas em seu cotidiano de ensino.Pode-se apontar ainda, a necessidade de equipamentos adequados para o estudo da fotografia, uma vez que nem todas as instituições possuem recursos para compra de câmeras digitais profissionais, fazendo uso de equipamentos obsoletos ou, em algumas vezes, utilizando o smartphone do aluno em sala de aula.