Dialogia: Uma das questões que vêm ganhando destaque entre as diversas discussões sobre violência na escola é a do bullying, conceito difundido na Europa e nos Estados Unidos. Qual sua opinião a respeito?Miriam Abramovay: Essa é uma discussão interessante. Dou razão a um autor que diz que temos quase uma necessidade pós-moderna de dar nomes novos a fenômenos antigos... Bullying significa intimidação, e não vejo a necessidade de inventarmos um termo novo, e ainda mais em outra língua, para definir um fenômeno tão velho quanto o da intimidação na escola. Bullying é um outro nome para uma das diversas violências que existem nas escolas e que envolvem a ridicularização do outro, por meio de sua exposição ao constrangimento, à intimidação, seguida ou não de coação física.Esse conceito foi sistematizado na Noruega pelo professor Dan Olweus, da Universidade de Bergen, que utilizou um programa antibullying desenvolvido nas escolas norueguesas, e que serve muito bem para aquele país, pois, na Noruega, Em entrevista, a professora Miriam Abramovay discute a violência nas escolas
RESUMONeste artigo são examinadas algumas dimensões centrais na vida dos jovens de 15 a 24 anos, apreendidas em pesquisa coordenada pela Unesco, sob o título Cultivando vidas. Desarmando violências. Tais dimensões foram consideradas centrais, de acordo com o acervo de trabalhos sobre jovens em situações de pobreza no Brasil, informações oficiais disponíveis e o que sentem os próprios jovens, pais e educadores. A amostra constitui-se de jovens residentes em capitais e em alguns outros municípios. A análise macrorreferenciada é entremeada de discussões dos agentes sobre o sentido, percepção e importância das dimensões examinadas 1 . ADOLESCÊNCIA -POBREZA -UNESCO -BRASIL 1. As referências e análises qualitativas provêm da referida pesquisa da Unesco sobre experiên-cias de organizações não governamentais e do poder público que desenvolvem projetos nas áreas de educação para a cidadania, lazer, esporte, cultura e arte. Elas incluem jovens residentes em bairros pobres de capitais e de outras cidades nos estados do Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Foram realizados grupos focais e entrevistas com jovens, arte-educadores, parceiros das experiências, pais, mães e responsáveis, membros da comunidade de residência (ver Castro et al., 2001). Recorreu-se também a diversas fontes de informação divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE, e pelo CNPD, 1998, e ainda a outras disponíveis no
A lo largo de las últimas décadas, América Latina está siendo identificada como un ejemplo de los fenómenos de desigualdad y de exclusión social que existen en el mundo. Los jóvenes latinoamericanos, y de manera destacada los de edades comprendidas entre los 15 y los 24 años, constituyen la franja de población que está más expuesta a la violencia, ya sea como víctimas, ya sea como agentes. La violencia afecta de modo especial el ambiente escolar. El deterioro de las relaciones perjudica la calidad de las clases y el desempeño académico de los alumnos. Además de tener efecto sobre la calidad de la enseñanza y sobre el desarrollo académico, la «atmósfera violenta» de la escuela afecta el ejer-cicio profesional del equipo técnico-pedagógico. Ese ambiente influye en la percepción que los alumnos tienen del espacio físico de la escuela, lo que modifica la idea que ellos se hacen de la administración escolar, y también en la de sus impresiones sobre los propios colegas. Un ambiente escolar hostil perjudica las relaciones entre las personas que componen la escuela (profesores y alumnos, profesores y administración, alumnos y alumnos, y alumnos y administración). Sin duda, la violencia, hoy en día, es uno de los factores que más peso tiene en la baja calidad de la enseñanza. A partir de tal premisa, todos somos víctimas. De una u otra forma, nuestras vidas cotidianas se ven alteradas por escuelas que las circunstancias han convertido, en casos extremos, en verdaderos campos de batalla. Por ese motivo, es del todo necesario fijar la atención en las experiencias que tienen la capacidad de estimular la promoción de nuevas formas de cambio y de transformación global.
Miriam Abramovay é um dos principais nomes quando se trata de pesquisas sobre violência nas escolas, juventude e educação. Ela é socióloga e doutora em Ciências da Educação pela Université Lumiere Lyon 2 - França. Nesta entrevista, a pesquisadora desenhou um quadro sobre o tema da violência nas escolas no Brasil, a trajetória e possibilidades de pesquisas futuras no país. Além disso, Miriam Abramovay apresenta suas impressões sobre bullying, escolas militares e formação de professores.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.