Diferentes densidades construídas resultam em distintos microclimas em espaços urbanos abertos, influindo no conforto térmico de pedestres. Este artigo discute os efeitos do adensamento sobre o conforto térmico em espaços urbanos abertos, apontando potencialidades para estudos ao Sul do Sul do Brasil, a partir de uma revisão narrativa de literatura. Os estudos analisados demonstram a relação direta entre os efeitos do adensamento construtivo e os respectivos clima das cidades brasileiras. Ao Sul da Região Sul do Brasil, a influência do inverno frio altera padrões recorrentes em outras cidades brasileiras. Os resultados evidenciam a importância de mais estudos desta natureza para a Região Sul, analisando formas de adensamento, revestimentos de edificações e pavimentações, e efeitos da vegetação para o conforto térmico ao nível do pedestre em espaços urbanos abertos.
Este estudo simulou os efeitos do adensamento urbano para as variáveis climáticas (temperatura radiante média, umidade relativa do ar e velocidade dos ventos) em uma quadra na cidade de Pelotas-RS, para o período de inverno ao nível do pedestre. A quadra foi simulada na situação atual (Cenário 1) e com o empreendimento previsto (Cenário 2) no programa ENVI-met 5.0. Os resultados mostraram impactos negativos do adensamento previsto para o microclima urbano. O estudo busca contribuir para o entendimento dos efeitos do aumento no adensamento construído sobre os microclimas urbanos.
Tradicionalmente, o aumento do adensamento construtivo em cidades brasileiras ocorre sem a devida atenção aos efeitos sobre os microclimas, o que potencializa a criação de espaços abertos termicamente desconfortáveis. Esse estudo analisou os efeitos do aumento da densidade construída para o conforto térmico de pedestres em Bagé-RS, cidade de médio porte de clima subtropical úmido com verões quentes. A metodologia é quali-quantitativa com estudo de caso e simulação computacional dos microclimas em um recorte urbano central no período atual (cenário 1) e em um prognóstico de adensamento para 2060 (cenário 2). As análises foram feitas para os extremos de verão e de inverno. A análise de insolação e sombreamentos demonstrou que o cenário 2 reduz o tempo de insolação das calçadas ao longo do dia, o que diminui a TRM, desfavorável ao conforto no inverno e benéfico no verão. Os resultados demonstraram que o aumento do adensamento construtivo limitado a edificações com três pavimentos no período mais quente do dia (às 14:00h) altera minimamente o microclima na quadra analisada, sem alterações significativas nos fluxos de ventos.
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