RESUMO Objetivo: comparar o desempenho de universitários nos testes de resolução temporal, Gaps In Noise e Randon Gap Detection Test. Métodos: a população avaliada foi composta por 51 adultos, de ambos os sexos, na faixa etária de 18 a 35 anos, com ausência de histórico otológico e/ou audiológico, sem alterações neurológicas e transtornos de aprendizagem. Os procedimentos utilizados na pesquisa foram os testes Randon Gap Detection Test e Gaps In Noise, realizado a 40 dBNS. Resultados: os resultados demonstraram diferença estatisticamente significante na comparação entre o tempo de percepção dos intervalos de silêncio nos testes Randon Gap Detection Test e Gaps In Noise, para ambos os sexos. Não houve diferença estatisticamente significante com relação à orelha em que o teste Gaps In Noise foi iniciado. Os limiares de detecção do gap de silêncio no teste Gaps In Noise foram menores em milissegundos com relação aos limiares obtidos no Randon Gap Detection Test. Conclusão: há influência do sexo nos resultados do teste Randon Gap Detection Test, com melhor desempenho do sexo masculino. Para o teste Gaps In Noise, os critérios de sexo e orelha em que o teste foi iniciado, não influenciaram os resultados. A comparação entre os testes Randon Gap Detection Test e Gaps In Noise, para ambos os sexos, demonstrou melhor desempenho para o teste Gaps In Noise, com a percepção do gap em intervalos de tempo menores.
Objetivo caracterizar e relacionar os achados do reflexo acústico do músculo estapédio em indivíduos com diagnóstico de distúrbios do processamento auditivo (central). Métodos pesquisa transversal descritiva retrospectiva, submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o protocolo nº 0047/11. Amostra constituiu-se de 83 prontuários de indivíduos de ambos os gêneros (57 masculino e 26 feminino) que apresentaram alteração na avaliação do processamento auditivo (central) associada à ausência do reflexo acústico. Resultados e Discussão os resultados demonstraram numericamente que as frequências com maior número de ausência do reflexo acústico, tanto na pesquisa contralateral quanto na ipsilateral, foram 4KHz, 3KHz e 500Hz respectivamente, para ambos os gêneros, mas, sem diferença significante no tratamento estatístico. Também, em ambos os grupos, as habilidades auditivas que apresentaram maior frequência de alterações foram figura fundo e ordenação temporal, que sobressaíram em número quando comparadas com as demais habilidades, e sem diferença significante no tratamento estatístico realizado com os testes de Fisher, Quiquadrado e Anova. Conclusão os resultados da presente pesquisa nos levam a concluir que as estruturas do sistema nervoso auditivo central responsáveis pelo sistema do arco reflexo do músculo estapédio, também relacionam-se aos mecanismos fisiológicos auditivos das habilidades auditivas, o que evidencia a possível relação entre a ausência do RA com alterações do distúrbio do processamento auditivo (central).
Modelo de estudo: estudo descritivo e transversal. Objetivo do estudo: caracterizar o tempo de aquisi- ção de cada habilidade auditiva trabalhada em crianças diagnosticadas com Distúrbio do Processamento Auditivo Central, em idade escolar, a partir de um programa de intervenção fonoaudiológica pré-estabelecido, com duração máxima de 20 sessões. Metodologia: foram selecionados, para a intervenção fonoaudiológica, 8 indivíduos na faixa etária de sete a nove anos, em idade escolar, de uma escola pública e que completasse, no mínimo, 16 sessões de terapia, ou, ainda, aquele que atingisse os objetivos propostos (adequação das habilidades) em menor número de sessões. Para cada sessão, que ocorreu semanalmente, com duração de 40 minutos, foi realizado registro cursivo do desempenho da crian- ça, para cada uma das habilidades trabalhadas (localização, discriminação, reconhecimento, figura-fundo/ fechamento, compreensão e memória). Posteriormente, foi realizada análise do conteúdo descritivo por semelhança entre as habilidades. No registro, foi assinalada a sessão considerada como término da atividade, isto é, a aquisição da habilidade. Resultados: o número de sessões realizadas pelos indivíduos do estudo variou de 10 a 20 sessões, sendo que o tempo médio de sessões para a aquisição de cada habilidade auditiva trabalhada oscilou entre três e 16 sessões. Conclusões: foi possível observar adequação das habilidades auditivas em todos os indivíduos do estudo, com variação de tempo para cada habilidade trabalhada. Estudos com maior casuística são fundamentais para que se alcancem marcadores de tempo para aquisição de habilidades auditivas, nesse segmento populacional.
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