Pesq. Vet. Bras. 33(6) Hospital or nosocomial infections are infections acquired during patient hospitalization, and that can be related to surgical and invasive procedures performed during the hospital admission. The present study aimed to investigate the occurrence of nosocomial infection in animals treated at a Veterinary Surgical Center of Small Animals, submitted to surgical or invasive procedures, to discuss the possible causes of infection, to detect the bacteria present when possible, and to verify the antimicrobial sensitivity of these agents. The study was developed through daily monitoring of 131 animals admitted in this surgical center and doing active surveillance of cases of nosocomial infection. In 104 animals (91 dogs and 13 cats), 113 surgical procedures were performed, and in 27 animals were performed non-surgical procedures such monitoring of delivery and postpartum, urethral catheterization and placement of splints. All animals were submitted to catheter placement for fluid therapy and application of medications and/or anesthetic at some point during hospitalization. The rate of surgical site infection was 7.96%, and by categories was 4.54% in clean surgeries, 4.25% in clean-contaminated surgeries, 10.53% in contaminated surgeries, and 16% in infected surgeries. The rate of non-surgical nosocomial infection in surgical patients was 2.88% and in the non-surgical patient was 3.7%. Bacteria were cultured as follows: Pseudomonas sp. (3), Streptococcus sp. (2), Acinetobacter sp. (1) and Gram negative bacilli (1), and high bacterial multidrug resistance were observed in all isolates. The duration of surgery and pre and postoperative time of hospitalization did not affect the occurrence of nosocomial infection, but factors that probably contributed to the occurrence of infections in this study were the severity of the condition responsible for the treatment, the kind of procedure performed and the severity of lesions.
Resumo: As neoplasias no sistema nervoso central (SNC) de animais de companhia são frequentemente diagnosticadas, no entanto dados sobre prevalência são escassos. O objetivo deste estudo foi avaliar retrospectivamente a ocorrência de neoplasias primárias de SNC em cães atendidos em um Hospital-Escola Veterinário e descrever aspectos clínicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos dos tumores mais frequentes. Quatorze casos (prevalência de 0,27%) de neoplasias primárias de SNC foram identificados no período de 1998 a 2013 e destes, 11 tiveram o diagnóstico de meningiomas. A idade média dos animais com meningioma foi 10 anos, sendo machos (7/11) e a raça Boxer (3/11) os mais afetados. Sete meningiomas eram espinhais e quatro intracranianos, sendo os principais sinais clínicos alteração na locomoção e convulsões, respectivamente. Metástase pulmonar ocorreu em dois casos. Em seis animais com meningioma espinhal foi realizada a mielografia, sendo que em um também foi realizada a tomografia. Em todos os casos os exames foram efetivos na visualização de desvio ou interrupção da coluna de contraste, com alterações sugestivas da presença de massa. Em cinco animais realizou-se cirurgia exploratória visando a confirmação da suspeita clínica ou retirada da massa, sendo que a sobrevida variou de 85 a 960 dias. Na avaliação histopatológica, os meningiomas foram classificados em transicional (4/11), meningotelial (2/11), papilar (2/11), angiomatoso (1/11), microcístico (1/11) e anaplásico (1/11). Destes, oito (8/11) apresentaram marcação positiva para tricrômio de Masson e um para vermelho congo nas técnicas histoquímicas. No painel imuno-histoquímico, todos os casos apresentaram imunomarcação positiva para vimentina, mas imunomarcação negativa para fator VIII e p53. A imunomarcação para S100 (6/11), GFAP (5/11) e pancitoqueratina (3/11) foi de intensidade variável. Na graduação histológica, dez meningiomas eram grau I e um grau III. O índice médio de proliferação celular foi de 3,2 figuras de mitose e 3,4% avaliando a expressão de Ki-67. Os resultados confirmaram que os meningiomas são a neoplasia primária de SNC mais prevalente em cães, com variação nos subtipos histológicos. A caracterização histoquímica e imuno-histoquímica contribuiu com a determinação do diagnóstico, no entanto, estudos envolvendo a expressão de outros genes são necessários para auxiliar no prognóstico dessas neoplasias.
A mielomalácia hemorrágica progressiva (MHP) é uma afecção rara e fatal, em que ocorre necrose aguda isquêmica e progressiva do parênquima da medula espinhal, levando à liquefação da mesma. Pode ocorrer após extrusão do disco intervertebral, trauma medular ou embolismo fibrocartilaginoso. Este estudo teve como objetivo avaliar casos de mielomalácia hemorrágica progressiva em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina entre os anos 2000 e 2011, realizando-se a análise dos prontuários de atendimento e acompanhamento dos casos. Os animais do presente estudo atendiam a alguns critérios de inclusão, como histórico de paraplegia com sinais de neurônio motor superior, piora dos sinais progredindo para tetraplegia flácida, alterações clínicas progressivas e/ou alterações nos exames complementares. Foram analisados os aspectos epidemiológicos (raça, idade e sexo), clínicos (evolução dos sinais clínicos e neurológicos), laboratoriais (análise do líquido cefalorraquidiano), radiográficos (radiografias simples e contrastadas) e o tempo decorrido desde o início dos sinais clínicos até óbito ou eutanásia. A raça Teckel foi a mais acometida (43%), a média de idade foi de 5,04 anos e no atendimento inicial a síndrome toracolombar grau V foi a alteração mais encontrada, além de hiperpatia e progressão cranial da diminuição do reflexo cutâneo do tronco. Em sete cães a causa da MHP foi a doença do disco intervertebral toracolombar, em um cão a causa foi o trauma medular, em dois cães a MHP foi decorrente de linfoma e em quatro cães a causa provável foi doença de disco intervertebral. Alterações na análise do líquido cerebroespinhal, na mielografia e na evolução dos sinais clínicos e neurológicos foram extremamente importantes para diagnosticar a MHP. Seis animais progrediram para tetraplegia e quatro cães já apresentavam tetraplegia flácida no atendimento inicial. Em outros quatro pacientes, a identificação de sinais sugestivos de MHP antes desta progressão levou à indicação de eutanásia. Como o prognóstico é ruim e ocasiona sofrimento ao animal, o clínico deve estar atento ao histórico de paraplegia com posterior mudança da síndrome de neurônio motor superior para neurônio motor inferior, diminuição do reflexo cutâneo do tronco cranialmente e presença de respiração abdominal, sendo que algumas alterações em exames complementares encontradas neste trabalho também podem auxiliar no diagnóstico precoce da MHP, como o líquido cerebroespinhal xantocrômico com aumento de proteínas, hemácias e pleocitose. Na mielografia o edema medular e a presença de contraste no interior do tecido nervoso, frente às alterações clínicas e liquóricas, são sugestivas de MHP.
Bahr Arias M.V., Padilha F.N. & Perugini M.R.E. 2017. Deep tissue culture and hemoculture in dogs with wounds and sepsis. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(12):1483-1490. Contaminated and infected wounds occur very frequently in veterinary medicine and can cause systemic inflammatory response syndrome, sepsis, and death. This study aimed to test the feasibility of collecting wound material by deep-tissue or punch biopsy for microbial culture, determine the frequency of bacteria in the wound(s) and blood cultures and the susceptibility of these microbes to antimicrobials, and evaluate clinical parameters that could be related to prognosis. Thirty dogs with wounds and signs of SIRS/sepsis were included in this study. Bacteria were isolated from all wounds and 41 bacterial isolates could be identified based on culture of the materials collected by punch biopsy; 53.66% of the isolates were gram-negative, mainly involving Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, and Enterococcus spp., and 46.34% were gram-positive bacteria such as Streptococcus spp., Enterococcus spp., and Staphylococcus spp. The survival rate was 66.67%. Based on blood culture analysis, we identified bacteremia in seven patients, predominantly of gram-negative bacteria, which negatively affected patient survival, as six dogs died. Hypoglycemia (≤60mg/dL) and severe hyperglycemia (≥180mg/dL) also negatively affected survival as 23.33% of the hypo/hyperglycemic dogs died. Factors such as blood lactate level at admission and hematocrit levels, and mean arterial pressure were not significantly correlated with death or survival of the dogs.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.