O manejo e o descarte incorreto dos Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) podem causar enchentes, acumulação significativa de água e aparecimento de vetores transmissores de doenças. Os RSS são produzidos em hospitais, hemocentros, laboratório, consultórios, entre outros. Objetivou-se constatar os fatores críticos e semicríticos na gestão dos resíduos em um Hemocentro do Nordeste do Brasil. Trata-se de estudo qualitativo, de caráter descritivo e exploratório. Foi utilizado questionário semiestruturado direcionado para a avaliação do sistema de gestão, o manejo dos resíduos comuns, biológicos e químicos, segregação, identificação, acondicionamento, coleta e o transporte interno, armazenamento externo, seu tratamento e disposição. O diagnóstico situacional constatou os fatores críticos e semicríticos na gestão dos resíduos no cenário do estudo. Quanto aos fatores críticos correspondentes aos aspectos ambientais, 40% atenderam as normas com restrições, sendo eles os efluentes líquidos e o sistema de gestão, enquanto 60% atenderam conforme as leis preconizadas, os quais são os resíduos comuns, químicos e biológicos. Quanto ao manejo dos resíduos tratando-se de fatores críticos, 66,6% não atenderam as normas vigentes. Constatou-se a necessidade da implementação dos procedimentos adequados, bem como a educação permanente nos serviços de saúde, entrosando os profissionais, com o objetivo de adequar o manejo dos resíduos e dos processos, quanto à melhoria na infraestrutura fisica relacionada ao abrigo interno e externo dos RSS, visando garantia de espaço suficiente e minimização de riscos de contaminação de pessoas e do ambiente. Os dados obtidos evidenciaram resultados satisfatórios para a instituição acerca do descarte dos RSS.
A Doença de Chagas, causada pelo Trypanossoma cruzi (T.cruzi), é transmitida pelo inseto da subfamília Triatominae, conhecido como barbeiro, e se constitui como uma grande dificuldade de saúde pública do Brasil em diferentes campos regionais. Nos Hemocentros, na década de 50, foi constatado, com o processo migratório campo-cidade, um alto predomínio de indivíduos chagásicos; ao longo da década, nos países endêmicos, a transfusão passou a ser a principal preocupação de contaminação dos indivíduos. Diante desse contexto, faz-se visível a importância de estudos acerca dos candidatos sorológicos positivos para DC, traçando o perfil epidemiológico e auxiliando no processo de triagem em bancos de sangue. O presente trabalho teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos candidatos soropositivos para Doença de Chagas. Trata-se de uma análise retrospectiva de 77.791 indivíduos candidatos à doação de sangue que foram atendidos pelo Hemose, no período de 2015 a 2017. Para tanto, foram utilizados os testes Qui-quadrado de Pearson e U-Mann Whitney de amostras independentes, com um intervalo de confiança de 95%. A taxa de infecção foi de 0,1% (68 infectados), sendo que a maioria (66,2%) reside no interior de Sergipe; houve predomínio da doença no sexo masculino (45,5%), no ano de 2017, apresentando-se na faixa etária entre 25 e 50 anos, e o nível educacional em que prevaleceu foi o 2º Grau Completo (31,8%). No presente estudo, foi constatado um alto índice de infecção no interior do Estado, confirmando a presença de infecção na população.
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