O objetivo deste trabalho é oferecer um panorama sobre a experiência brasileira recente com o sistema composto das instituições financeiras públicas que chamaremos de "subnacionais", voltadas para o financiamento do desenvolvimento: um banco regional de desenvolvimento, três bancos estaduais de desenvolvimento e 13 agências estaduais de fomento. Em geral, esse sistema é débil, possui fontes de funding pouco diversificadas e depende do BNDES e dos governos estaduais. As operações de crédito oriundas das instituições financeiras subnacionais para o desenvolvimento (IFDs-SN) são qualitativamente distintas das dos bancos públicos federais brasileiros. Salvo o setor comercial, em todos os demais as operações de crédito cresceram a taxas inferiores à média do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ou mesmo dos bancos públicos, à exceção do ano de 2009, revelando que as IFDs-SN contribuíram para a ação anticíclica implementada pelos bancos públicos brasileiros após a crise financeira internacional.
Este trabalho de pesquisa busca apresentar breve caracterização da atuação docente na Educação a Distância brasileira a partir dos microdados do Censo da Educação Superior, do INEP, ano 2018. Para tanto, os caminhos metodológicos adotados foram pesquisa documental, em que o Censo foi considerado documento, bem como pesquisa analítica descritiva, cujo fim é o detalhamento de características de uma população ou de dados coletados. Os resultados encontrados indicam que a maioria dos docentes que se dedicam ao ensino superior a distância estão presentes em universidades privadas, com títulos de mestres e doutores, atuando em regime de trabalho integral sem dedicação exclusiva e parcial e dedicando-se mais à graduação do que à pós-graduação e muito pouco às atividades de pesquisa e extensão.
Heterogeneidade Estrutural e Agricultura: um olhar sobre as regiões imediatas do estado de Goiás e Distrito Federal entre 2002 e 2018 | 253 enraizadas em estruturas tradicionais e atrasadas, ou seja, com baixa integração e complexidade tecnológica. 9 Diante de tal contextualização, o objetivo principal desta investigação é caracterizar o delineamento espacial dos municípios que formam as regiões imediatas do estado de Goiás e o Distrito Federal, entre 2002 e 2018, a partir de variáveis relacionadas a ciclos e estruturas econômicas. Além disso, faz-se um olhar adicional sobre a participação da agricultura familiar nos agrupamentos identificados.Para tanto, a proposição que sustenta a tessitura do argumento se alicerça na ideia de que a economia do estado de Goiás e do Distrito Federal é um caso específico, mas não único, de heterogeneidade estrutural e produtiva, moldada no cadinho de uma formação econômica que projeta, como o deus Jano, 10 um vetor que representa o progresso, quer dizer, que espelha a modernização da economia, como também outro vetor que reforça uma economia atrasada e de subsistência, aliás, com baixa complexidade tecnológica e integração aos mercados.
É em meio ao processo de transformação das estruturas agropecuárias que surge a indagação central desta investigação, ou seja, como se encontra o grau de heterogeneidade do trabalho, no contexto da estrutura agrícola das Unidades da Federação (UFs), da região Centro-Oeste segundo os Censos Agropecuários 1995, 2006 e 2017? A ideia central dessa interrogação é testar e validar, empiricamente, as evidências teóricas apontadas pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) naquilo que se refere às estruturas produtivas de economias periféricas como a brasileira, as quais são marcadas por uma forte heterogeneidade produtiva. Adota-se o método histórico estrutural que tem por objetivo decompor, classificar, organizar, sistematizar e interpretar as informações contidas nas bases de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia e nos dados dos Censos Agropecuários 1995, 2006 e 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por fim, nota-se que esse avanço da produtividade do trabalho agrícola entre as UFs aprofundou ainda mais o grau de heterogeneidade existente entre as economias modernizadas e aquelas ainda amarradas aos grilhões da agricultura tradicional e subsistência. No caso particular do Centro-Oeste, nota-se que Mato Grosso foi o estado que mais incrementou a sua produtividade do trabalho na agricultura, seguido por Mato Grosso do Sul, Goiás e, finalmente, pelo Distrito Federal. No entanto, é importante ressaltar que o grau de heterogeneidade da estrutura agropecuária municipal dos estados do Centro-Oeste apresentou um padrão entre os anos censitários. Em geral, entre os anos censitários de 1995, 2006 e 2017, o grau de heterogeneidade da estrutura agropecuária de Goiás foi maior vis-à-vis aos demais estados, ao mesmo tempo que Mato Grosso do Sul apresentou maior grau de homogeneidade em sua estrutura produtiva, dado o contexto regional.
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