Em um contexto geral, o processo parturitivo é marcado por relações de abuso e tratamento desrespeitoso, configurando o que se conhece como violência obstétrica. Logo, este trabalho teve por objetivo identificar quais as práticas e atitudes são vivenciadas como violência obstétrica e suas consequências no bem-estar das mulheres. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com artigos selecionados nas bases de dados Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline/PubMed). Foram incluídos artigos publicados em português, inglês e espanhol disponíveis gratuitamente, com texto completo, entre os anos de 2016 e 2020, que retratassem a temática da violência obstétrica, sendo selecionados 20 artigos que se adequaram aos Descritores em Ciências de Saúde (DeCS): "Violência contra a mulher", "Saúde da mulher", "Trabalho de parto" e "Obstetrícia", os quais foram combinados aplicando-se os operadores booleanos "and", "or" e "not" para auxiliar a estratégia de busca. Da análise foram identificados 8 tipos de violência obstétrica sofrida pelas mulheres durante o trabalho de parto: verbal, psicológica, física, institucional, negligência, falta de acompanhante, desrespeito à autonomia e visão dos profissionais de saúde, que serão discutidas a seguir. Assim, percebe-se que a violência obstétrica é tema de relevância para as políticas públicas de saúde da mulher e da criança, assim como para a formação dos profissionais e gestores de saúde. Portanto, sendo a existência da violência obstétrica no âmbito da saúde inegável, é indispensável o aperfeiçoamento de políticas públicas que garantam efetivamente a saúde integral do binômio mãe-filho.