A epidemia do novo coronavírus teve início em Wuhan, na China, e em pouco tempo sucedeu proporções mundiais com o Brasil assumindo a quarta posição entre os países com maiores números de casos confirmados do SARS-CoV-2. Este estudo visa caracterizar o perfil dos pacientes acometidos por esse patógeno consoante critérios sociodemográficos, culturais e clínicos. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica através da literatura online no banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, Public Medline e do Ministério da Saúde do Brasil. A pesquisa apontou que os casos hospitalizados por SARS-CoV-2 ocorreram com maior prevalência no sexo masculino, com faixa etária acima de 50 anos, na raça branca e com comorbidade prévia, sendo a população de renda baixa os mais acometidos. Por conseguinte, ações de articulações do Governo em contribuição ao comportamento social devem ser tomadas no fito de mitigar a transmissão do SARS-CoV-2 no território nacional.

A infecção pelo vírus SARS-CoV-2 (COVID-19) tem sido relacionada a complicações neurológicas associadas ao sistema nervoso central e ao periférico. As hipóteses para tais efeitos incluem a passagem do vírus através da barreira hematoencefálica, além da invasão viral a células do endotélio vascular mediante ligação com receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2). Foram relatados sintomas neurológicos não específicos, incluindo cefaléia, estado mental alterado, tontura, depressão do nível de consciência, ageusia, anosmia, mialgia e fadiga. A patologia em questão também foi correlacionada com diversas repercussões psiquiátricas, destacando-se depressão, ansiedade, insônia, transtorno de estresse pós-traumático, delirium e psicose. O tratamento na COVID-19 é alvo de amplo debate, sendo consenso a recomendação de analgésicos e antitérmicos para infecções leves. Nos casos graves, em que há necessidade de oxigênio suplementar ou ventilação mecânica, o corticosteróide sistêmico Dexametasona é associado a maior sobrevida.

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