Este artigo propõe reflexões a respeito da condição e das aprendizagens das mulheres na realização de trabalhos de campo. Tomando como ponto de partida a análise dos registros de campo de três pesquisadoras da UFMG - com pesquisas etnográficas em lazer e educação - o artigo estabelece o diálogo entre as experiências de pesquisas das autoras e a produção acadêmica mais ampla, sobretudo, com os estudos decoloniais, feminismo, produção acadêmica das mulheres, vulnerabilidade e violência de gênero. O trabalho sinaliza reflexões sobre o fazer científico das mulheres e seus desdobramentos no contexto de uma ciência hegemonicamente masculina/branca/hetero. Além de apontar as desigualdades de gênero no meio acadêmico, os receios e as possíveis contribuições das mulheres nas pesquisas, o artigo propõe reflexões sobre a importância de construção de alternativas para a reversão do quadro atual.
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