O abandono do tratamento, no atual panorama da luta contra a Tuberculose, se constitui em um dos principais desafios para o sistema de saúde brasileiro e é caracterizado pelo não comparecimento do doente ao serviço de saúde por mais de trinta dias consecutivos, após a data aprazada para o retorno. Objetivou-se caracterizar o perfil epidemiológico e os fatores de risco associados ao abandono do tratamento por pacientes portadores de tuberculose do município do Iguatu-Ceará. Estudo de caráter descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa realizado no município de Iguatu-CE, desenvolvida com 06 pacientes de tuberculose que abandonaram o tratamento e/ou que interromperam-no antes da alta por cura, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período compreendido pelos anos de 2009 e 2013. A análise estatística se deu através do Software Excel for Windows na sua versão 2010 e analisadas à luz da literatura pertinente. De acordo com os resultados foi constatado que 66,64% eram do sexo masculino, em sua maioria de cor negra 83,30%, com faixa etária entre 20 a 50 anos. Quanto ao nível de escolaridade, percebeu-se que do total de pacientes estudados, 49,98% tinham entre quatro e sete anos de estudos, principal agravo encontrado no estudo foi o etilismo, 66,64% dos seis participantes apresentaram o etilismo como agravo associado ao seu tratamento, 49,98% não tinham a ocupação informada, ao tipo de entrada do paciente ao tratamento da tuberculose, quatro 66,64% foram por caso novo, sendo dois 33,32% por reingresso após abandono, todos os participantes do estudo são provindos da zona urbana e todos foram indicados ao Tratamento Diretamente Observado. Verificou-se então que, o abandono de tratamento está relacionado a vários fatores condicionantes, sobretudo os socioeconômicos, e ocorre principalmente na população com menor escolaridade, da raça negra e relaciona-se também ao consumo de álcool.
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