Importantes e inéditas transformações se operam no imenso litoral brasileiro nas primeiras décadas do século XX. Nosso estudo examina essas transformações tomando como delimitação geográfica o litoral de Fortaleza, as inúmeras atividades de divertimento e outras voltadas à educação e à saúde que ali se desenvolveram. Já nas décadas de 1920 e 1930 também surge ali nova arquitetura que recorta esse litoral com bangalôs, casas, comércios, clubes esportivos e recreativos. Discursos e práticas higienistas associados a um ideário de vida ao ar livre exortam a população não só a admirar o litoral, mas a usufruir de seus benefícios. O presente artigo objetiva analisar a relação entre a reinvenção do ambiente litorâneo de Fortaleza e os discursos, cada vez mais frequentes, em torno de uma cultura physica. Em termos metodológicos, realizamos uma pesquisa documental que teve como fontes: jornais, revistas, textos literários, relatos de memorialistas e imagens do período.
Carmen Lucia Soares (Orientadora) Resumo A praia nem sempre se caracterizou como local de práticas de divertimento. Nas maiores cidades litorâneas do Brasil, pouco a pouco, a frequência às praias ganha novos contornos e outras finalidades se desenham. De um lugar de trabalho ou simplesmente de depósito de lixo e dejetos, a praia começa a ser percebida como um local em que se pode curar diversos males e, também, divertir-se. No caso do litoral que margeia a cidade de Fortaleza, até aproximadamente 1920, não se encontram registros que mencionem a praia para além do trabalho. Habitada principalmente por pescadores tinha como nome Praia do Peixe. É a partir da década de 1920 que esta praia experimenta deslocamentos de sentidos, culminando inclusive com a substituição do seu nome para Praia de Iracema no ano de 1925, quando então, passa a ser frequentada pela elite fortalezense para fins terapêuticos e de divertimento. Pretendemos neste trabalho identificar os discursos que perpassaram a transformação de sentidos da praia em Fortaleza e os usos relacionados às práticas de divertimento que se tornaram possíveis desde então.
Este artigo tem como objetivo discutir a realização de uma exposição intitulada “Futebol Feminino e suas nuances em tempos de Copa” na Biblioteca da Faculdade de Educação Física da Unicamp entre o período de 29 de maio a 30 de julho de 2019. Nesta exposição, a ideia central foi divulgar e, consequentemente, provocar discussões a respeito da história do Futebol Feminino. Nela constavam jornais, revistas, leis, fotografias, além de objetos da cultura material, como medalhas, troféus, uniformes, dentre outros, a nível nacional e regional. A exposição, contou no evento de abertura com a presença da ex-jogadora da seleção brasileira Aline Pellegrino e repercutiu para além dos muros da universidade, recebendo visitas de veículos da imprensa e de escolas públicas. Suscitaram ainda questões sobre memória do futebol feminino, seus desafios e conquistas ao longo do tempo, bem como possibilidade de transformações.
Soares (PQ)-Orientadora Resumo O turfe foi uma prática muito presente em várias cidades brasileiras, principalmente, nas últimas décadas do século XIX e começo do século XX. Na cidade de Campinas, aproximadamente em 1870, já ocorriam alguns páreos. Uma década depois, é construído o primeiro hipódromo da cidade localizado no bairro do Bonfim. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o contexto do surgimento e do desenvolvimento inicial do turfe na cidade de Campinas, no período aqui referido, com ênfase nas possíveis representações sociais oriundas dessa prática. O ambiente do hipódromo era aquele no qual uma aristocracia desejava afirmar-se e preservar-se; lá era possível confrontar diversas expressões e sentimentos de classes sociais distintas, onde reconheciam-se mutuamente, em seus lugares bem delimitados e previamente definidos.
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